quinta-feira, 4 de outubro de 2012

SISFRON - Michel Temer aprova Sistema de Monitoramento de Fronteiras

Comando do exército apresenta proposta do projeto SISFRON - Sistema de Monitoramento de Fronteiras.
 
O comandante do Exército, general Enzo Peri, apresentou, na terça-feira (2), ao presidente da República em exercício, Michel Temer, o projeto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras Terrestres. O SISFRON é um complexo sistema de vigilância e emprego de tropa com o objetivo de fortalecer a defesa de mais de 16 mil km de fronteira, incluindo o combate ao tráfico de drogas. “Cuidando das fronteiras, pretendemos diminuir sensivelmente os delitos”, explicou o general.

O SISFRON foi orçado em R$ 12 bilhões e o projeto piloto está sendo implantado na 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Dourados (MS). Segundo o chefe do Centro de Comunicações de Guerra Eletrônica do Exército (CECOMGEx), general Santos Guerra, o projeto também vai impulsionar a economia brasileira, por meio do desenvolvimento da indústria nacional. “Queremos que 77% dos equipamentos utilizados sejam produtos nacionais, gerando emprego e renda”, conclui.

A tecnologia empregada requer a produção de um satélite nacional, garantindo segurança e agilidade no fluxo de informações, que serão repassadas quase que em tempo real ao Comando em Brasília.

O presidente da República em exercício, Michel Temer, afirmou que o projeto vai beneficiar a população. E vê o sistema como um dos resultados do Plano Estratégico de Fronteiras, do qual é o coordenador. “Com o SISFRON, operações importantes como a Ágata, do Ministério da Defesa, e a Sentinela, do Ministério da Justiça, deixam de ser episódicas para tornarem-se permanentes”.

Nota DefesaNet - O Vice-presidente Michel Temer foi
incumbido pela Presidente Dilma Rousseff como responsável pelo Plano Estratégico de Fronteiras (PEF). Assim tem acompanhado as missões Ágata e Sentinela. Também tem realizado reuniões de coordenação e avaliação das Operações incluídas no PEF.

Segundo informe recebido por DefesaNet o Comandante do Exército, Gen Enzo Peri, ainda não validou a licitação que indicou o ConsórcioTEPRO.
 Fonte: defesanet.com

Militares simulam tomada de pelotão de fronteiras na Amazônia

Escoltados por dois navios-patrulha e dezenas de lanchas, fuzileiros navais se deslocam pelo leito do rio em direção à margem de terra firme de Paricatuba (AM). Em questão de minutos, as tropas tomam de assalto o pelotão especial de fronteira, enquanto o inimigo parte em retirada. As cenas que ocorrem no Rio Purus fazem parte da “Operação Amazônia 2012”, treinamento conjunto das Forças Armadas que tem por objetivo adestrar os militares brasileiros.
“É melhor que cinema”, comenta o ministro da Defesa, Celso Amorim, após assistir as manobras no teatro de operação do alto de um platô.
Nos céus, duas aeronaves Super Tucano metralham embarcações inimigas, enquanto helicópteros percorrem o trecho dando proteção às tropas em terra. Em pouco tempo, soldados do Exército substituem o efetivo dos fuzileiros navais. Dois caças F5 surgem para demonstrar a presença da Força Aérea. A ação termina com o lançamento de fardos por aviões.
Após assistir as manobras, o ministro Amorim deslocou-se à Escola Municipal Presidente Costa e Silva, onde presenciou atendimento médico-odontológico aos moradores da região. Marijane Gomes Coelho, 18 anos, que na última segunda-feira (24) recebeu o atendimento de emergência de profissionais de saúde da Marinha, acompanhou o marido Getúlio Oliveira da Silva, 34 anos, em nova visita ao local. Diagnosticado com infecção intestinal, ele recebeu medicação adequada e orientação de repousar em casa.
Em Iranduba (AM), município perto da capital amazonense Manaus, Amorim percorreu as dependências de um posto rodoviário municipal, onde ocorria uma ação cívico-social conjunta. No posto, os moradores puderam receber atendimento médico e odontológico, tirar carteira de identidade e proceder ao alistamento militar.
Durante o exercício militar realizado nos estados do Amazonas, Pará, Acre e Rondônia – maior parte da região Norte do país –, cujo foco central é o adestramento das tropas, houve também a apreensão de sete embarcações que transportavam passageiros em excesso e armamentos.
Três delas transportavam armas ilegais e outras quatro levavam passageiros para comícios de políticos. Os barcos foram encaminhados para a polícia, junto com os proprietários. Inquéritos vão apurar as responsabilidades em cada caso.
O balanço foi relatado ao ministro da Defesa pelo comandante da Força Naval Componente (FNC), contra-almirante Antonio Carlos Frade Carneiro, na sede do Comando Militar da Amazônia (CMA), base da “Operação Amazônia 2012”.
Em quase 15 dias de ação pelos rios, rodovias e espaço aéreo, as tropas abordaram 159 embarcações, vistoriaram rodovias e tomaram conta do espaço aéreo em exercícios virtuais e reais. “Diferentemente das Operações Ágata, que tratam exclusivamente do patrulhamento das nossas fronteiras, a Operação Amazônia tem por objetivo preparar a tropa para a defesa da nação”, afirmou o ministro Celso Amorim.
Retomada de Paricatuba
Para acompanhar a movimentação militar no teatro de operações, o ministro Amorim se deslocou na manhã desta quarta-feira (26) para Paricatuba. Na companhia dos comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri, e da Força Aérea, brigadeiro Juniti Saito, além do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, o ministro conferiu o script da retomada de um posto do Exército por tropas de fuzileiros navais.
A cargo do general Eduardo Villas Bôas, comandante Militar da Amazônia, Amorim assistiu a treinos de substituição dos fuzileiros por tropas do Exército, exercício do Guia Aéreo Avançado (GAA), que consiste na ação de um militar em terra orientando ataque de aeronaves de caça, e o lançamento de suprimentos.
Do teatro de operações em Paricatuba, a comitiva seguiu para Iranduba. Na localidade situada na região metropolitana de Manaus, as Forças Armadas promoveram ações cívico-sociais de atendimento médico-odontológico e emissão de documentos às populações ribeirinhas de baixa renda. Estima-se que aproximadamente 1,5 mil cidadãos tenham sido beneficiados naquela região.
São Gabriel da Cachoeira
Celso Amorim aproveitou o deslocamento no Amazonas para conhecer o trabalho da 2ª Brigada de Infantaria de Selva. Sob o comando do general Sergio Liz Goulart Duarte, ela é o braço do Exército numa das regiões mais importantes do país. Denominada de Brigada Araribóia, chegou em São Gabriel da Cachoeira (AM), distante 850 quilômetros de Manaus, no começo do século 21. Hoje, sua ampliação reflete parte do processo de fortalecimento da fronteira brasileira. A unidade defende um quinhão de uma área de aproximadamente 11 mil km2 no território Norte do Brasil, atuando nas três maiores cidades do país em tamanho territorial: São Gabriel, Santa Isabel e Barcelos.
São Gabriel da Cachoeira contempla outra experiência das Forças Armadas. A partir de convênio com a Secretaria Municipal de Saúde, o Exército está à frente do Hospital de Guarnição. O relato feito pelo tenente-coronel Roberto Monteiro de Albuquerque mostra a dificuldade para levar o atendimento aos moradores da região. A maior dificuldade, segundo ele, é manter nos quadros da unidade hospitalar profissionais de saúde civis. “Dos 15 médicos que trabalham no hospital, 13 são militares. Se levarmos em conta os 17 médicos aqui na nossa região, apenas três são civis”, contou o diretor do hospital.
Ao fazer uma exposição para o ministro Amorim e sua comitiva, o general Sergio Liz Goulart Duarte destacou também as ações do comando da Brigada para a melhoria do relacionamento com as comunidades indígenas da região. O militar informou que há um bom trânsito com as mais diversas etnias.
Na visita à unidade militar, foi destacado também o trabalho desenvolvido pelas mulheres dos militares que vivem na região. Elas divulgam suas atividades por meio de redes sociais. Intitulado “Jovens Guerreiras”, o grupo tem ações na página www.facebook.com/jovensguerreiras.
FONTE/FOTO: Ministério da Defesa/Assessoria de Comunicação Social (Ascom)

Exército confirma uso de 18 mil militares para segurança na Copa do Mundo de 2014

O Exército brasileiro confirmou nesta terça-feira que utilizará aproximadamente 18 mil militares para reforçar a segurança nas 12 cidades que serão sedes da Copa do Mundo de 2014, segundo informações do o Ministério da Defesa.
O número foi divulgado pelo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General José Carlos De Nardi, durante uma reunião de dois dias que foi encerrada nesta terça em Brasília, da qual participaram oficiais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que cuidarão da segurança nas cidades.
No encontro, foi apresentado o plano que o Governo elaborou para garantir a segurança durante a Copa de 2014, e também dos outros eventos que o país organizará nos próximos anos.
Os eventos são a Copa das Confederações, em 2013, a Jornada Mundial da Juventude, com o papa Bento XVI, também no ano que vem, e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Os planos de segurança nos eventos serão coordenados pelo Ministério da Defesa, por decisão da presidente Dilma Rousseff.
O general afirmou que o plano prevê a necessidade de ter pelo menos 1,5 mil militares em cada uma das 12 sedes da Copa do Mundo, com um total de 18 mil uniformizados.
O comandante do Estado-Maior disse que o Governo investirá R$ 709 milhões nas necessidades do Ministério da Defesa para iniciar os planos de segurança. A maior parte desses recursos (R$ 490 milhões), será desembolsada no ano que vem, de acordo com o oficial.
De Nardi acrescentou que o Governo se comprometeu a realizar todos os esforços necessários para que as Forças Armadas possam dispor dos recursos necessários para colocar em prática os planos de segurança.
O general Adriano Pereira Júnior, que foi chefe do Comando Militar do Leste, com sede no Rio de Janeiro, afirmou que o Exército utilizará a experiência que adquiriu como responsável pela segurança nos Jogos Mundiais Militares em 2011 e a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que reuniu neste ano mais de 100 chefes de Estado e de Governo na capital fluminense.
Segundo Pereira Júnior, que atualmente é chefe de Logística do Ministério da Defesa, o plano de segurança prevê a montagem de centros de comando e controle em cada uma das sedes do Mundial, assim como medidas para garantir a Defesa.
Também participaram da reunião convocada pelo Ministério da Defesa representantes da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, vinculada ao Ministério da Justiça, e da Gerência Geral de Segurança do Comitê Organizador Local do Mundial (COL).
FONTE: EFE / UOL / Poder Terrestre
NOTA DO EDITOR: A segurança para a Copa do Mundo e Olimpíadas iria ser de responsabilidade do Ministério da Justiça através da Polícia Federal, mas parece que depois da greve dos policiais o Governo Federal perdeu essa confiança na Polícia Federal e deu a missão às Forças Armadas. O Exército, apesar dos boatos das redes sociais, sai extremamente fortalecido e isso já está gerando frutos. Desejamos que invista-se ainda mais nas Forças Armadas pois o país precisa.
 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Historiador Eric Hobsbawm morre aos 95 anos


Historiador Eric Hobsbawm morre aos 95 anos


O historiador Eric Hobsbawm (1917-2012)

O historiador Eric Hobsbawm morreu na manhã desta segunda-feira (1º), aos 95 anos, de acordo com a família. O historiador marxista e escritor estava internado no hospital Royal Free, em Londres, depois de um longo período internado devido a uma pneumonia.

"Ele morreu de pneumonia nas primeiras horas da manhã, em Londres", afirmou a filha do historiador, Julia Hobsbawm, em comunicado. "Sua falta será sentida não apenas pela sua mulher há 50 anos, Marlene, e seus três filhos, sete netos e um bisneto, mas também pelos milhares de leitores e estudantes em todo o mundo."

Nascido em 1917, na Alexandria, no Egito, Hobsbawm ficou especialmente conhecido por sua série "A Era das Revoluções", "Era do Capital", "A Era dos Impérios" e "Era dos Extremos", traduzida a mais de 40 idiomas.

Filho de pai britânico e de mãe austríaca, mudou-se para Viena quando tinha dois anos, e depois para Berlim. Aos 14 anos, ingressou no Partido Comunista.

Casado duas vezes, com Muriel Seaman e Marlene - hoje sua viúva -, e pai de três filhos, Julia, Andy e Joseph, Hobsbawm era, além de admirador de Marx, um apaixonado pelo jazz.

Durante anos foi o crítico de jazz da revista progressista "New Statesman", sob o pseudônimo de Francis Newton - em homenagem ao trompetista comunista de Billie Holiday -, e escreveu um livro sobre o estilo.

Após publicar sua primeira obra em 1959, nos anos 1960 se estabeleceu como historiador de referência internacional, com uma análise da história não baseada na vida dos reis e estadistas, mas no contexto econômico e social.

Embora consciente dos excessos do comunismo totalitário, Hobsbawm foi fiel até o fim a suas ideias socialistas e sustentava que "a injustiça social ainda deve ser denunciada e combatida", já que "o mundo não vai a melhorar por si só".

Tornou-se membro da Academia Britânica, em 1978, e foi premiado com a Ordem dos Companheiros de Honra, em 1998.

O intelectual estudou na Universidade de Cambridge e em 1947 se tornou professor na universidade londrina de Birkbeck, onde colaborou durante anos até chegar a sua presidência.

Também foi professor convidado na Universidade de Stanford, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e na Universidade de Corne. Seu último livro foi "Como Mudar o Mundo - Marx e o Marxismo", lançado em 2011. (Com agências)