terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dassault Rafale- Nota Oficial sobre a vitória na Índia

Rafale escolhido para equipar a Força Aéreaa da Índia

Saint-Cloud (France), 31 Janeiro 2012 - Após o anúncio da seleção final do Rafale, na competição do Programa MMRCA, a Dassault Aviation e seus parceiros estão honrados e gratos ao Governo da Índia e ao povo da Índia pela oportunidade de extender esta longa cooperação.

A Dassault Aviation e seus parceiros reiteram o seu compromisso de atender aos requisitos operacionais da Força Aéea da Índia e ressaltar o orgulho de contribuir para a defesa da Índia por mais de meio século.


Rafale selected to equip the Indian Air Force

Saint-Cloud (France), January 31, 2012 - Following the announcement of the final selection of the Rafale in the frame of the MMRCA program, Dassault Aviation and its partners are honored and grateful to the Indian Government and the people of India to be given the opportunity to extend their long-lasting cooperation.

Dassault Aviation and its partners reiterate their commitment to meet the operational requirements of the Indian Air Force and underline their pride in contributing to India’s defence for over half a century.

Reino Unido anuncia envio de navio de guerra às Malvinas

O Reino Unido enviará às ilhas Malvinas nos próximos meses um de seus navios de guerra mais modernos da Royal Navy (Marinha britânica), informou nesta terça-feira o Ministério de Defesa britânico.

Trata-se do destróier HMS Dauntless, que nos próximos meses vai partir em direção ao Atlântico Sul e substituirá à fragata britânica HMS Montrose, acrescentou o Ministério. Conforme o Ministério da Defesa, a troca de embarcações já estava programada, mas ocorre em um momento de tensão entre o Reino Unido e a Argentina pela soberania das ilhas.
Fonte: EFE

Rafale vence o MMRCA

O caça francês Dassault Rafale venceu a competição MMRCA para o fornecimento de 126 caças

Nota da Agência Oficial Press Trust of India

France's Dassault wins bid to supply IAF 126 fighters

New Delhi: French company Dassault Rafale today bagged India's biggest-ever contract for supplying 126 combat aircraft for the air force, edging out European competitor EADS in the multi-billion dollar deal.


A proposta do caça Rafale apresentada pelos franceses era mais baixa que a do caça Eurofighter apresentada pelo consórcio EADS.

Além do lote inicial de 126 aeronaves poderá ser incluído um lote adicional de 70 aviões. Tambéma produção sob licença na Índia de mais dezenas aeronaves.

Paquistão adverte aos EUA que ataques de aviões espiões são "inaceitáveis"


O Governo paquistanês classificou nesta terça-feira como "inaceitáveis" os ataques com aviões não-tripulados americanos em seu território depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconhecesse publicamente pela primeira vez sua existência.
"São ilegais, polêmicos e, portanto, inaceitáveis", escreveu à Agência Efe por mensagem de texto o porta-voz das Relações Exteriores paquistanês, Abdul Basit, sobre os chamados "drones" (zangões).
Anos atrás existia uma cooperação para lançar estes ataques contra alvos talibãs e da rede terrorista Al Qaeda, porém desde 2011 os "drones" são um motivo de discórdia entre Washington e Islamabad.
"Não podemos consentir a violação de nossa soberania", advertiu Basit.
Em conversa com internautas, Obama admitiu pela primeira vez na última segunda-feira o uso de "drones" em ataques a supostos militantes da Al Qaeda e de redes jihadistas presentes nas áreas tribais paquistanesas que fazem fronteira com o Afeganistão.
O presidente disse que os aviões não-tripulados "não fizeram um grande número de vítimas civis" e que os ataques são precisos, algo discutido por algumas organizações de direitos humanos.
Os EUA bombardeiam com esses equipamentos áreas do Paquistão e, com menos frequência, outros países com os quais também não está tecnicamente em guerra, como o Iêmen e a Somália.
A postura oficial do Paquistão é que os ataques, mesmo eliminando alvos insurgentes, representam um fracasso estratégico, pois geram ressentimento popular.
Os "drones" são uma das armas mais usadas por Obama na luta antiterrorista: em 2010 foram 118 ataques só no Paquistão, frente a 70 do ano passado, um reflexo das turbulentas relações diplomáticas entre ambos os países.
Fontes de inteligência paquistanesas e ocidentais consultadas pela Efe acreditam que os ataques são precisos e ao longo dos anos têm se aperfeiçoado.
Organizações de direitos humanos denunciam que eles são feitos aproveitando a brecha na lei e acabam matando civis.
Tais estimativas, no entanto, não podem ser comprovadas porque a imprensa tem pouco acesso às fortificações talibãs paquistanesas, onde os insurgentes enterram os mortos sem que as autoridades possam identificá-los.
Fonte: EFE/defesanet.com.br

Obama admite pela 1ª vez ataques com drones no Paquistão

presidente Barack Obama admitiu, nesta segunda-feira, que os Estados Unidos realizam ataques com aviões não tripulados contra a Al-Qaeda no Paquistão, operações que vinham, até agora, sendo negadas pelo governo americano.
Ouvido sobre a utilização de aviões não tripulados ("drones") num diálogo com internautas nos sites Google+ e Youtube, Obama justificou as ações. "Evidentemente, muitos desses ataques ocorreram nas FATA (em inglês "Áreas Tribais Federais Administradas", no noroeste do Paquistão)", disse Obama. "Na maior parte, foram ataques muito precisos contra a Al-Qaeda e seus seguidores, e estamos sendo muito cuidadosos em relação a isso", afirmou.
Funcionários do governo americano dizem que o cinturão tribal do Paquistão é local de refúgio dos talibãs que há 10 anos lutam no Afeganistão, de grupos da Al-Qaeda que planejam ataques no Ocidente, e de talibãs paquistaneses que habitualmente atacam e realizam atentados em seu país.
Um total de 64 ataques com mísseis americanos foram registrados na região tribal semiautônoma do Paquistão no ano passado, contra 101 em 2010, segundo contagem da AFP.
"Este é um esforço especializado centralizado nas pessoas que estão na lista de terroristas ativos, que tentam entrar nos Estados Unidos e atacar os americanos, golpeando as instalações e as bases americanas, e assim sucessivamente", acrescentou.
Muitos ataques foram realizados "contra efetivos da Al-Qaeda em locais onde a capacidade militar paquistanesa não pode alcancá-los", disse Obama, confirmando que a zona tribal fora da lei do Paquistão era um alvo. "Conseguir derrotá-los de outra maneira representaria, para nós, provavelmente, uma ação militar muito mais intrusiva", destacou.
O governo dos Estados Unidos anunciou, em dezembro, que sua relação com o Paquistão era "muito importante" para permitir que fracassasse. No entanto, as relações entre os dois governos vieram se deteriorando continuamente ao longo de 2011, desde a ação americana para matar o líder da Al-Qaeda Osama bin Laden, em maio.
fonte:AFP/defesanet.com.br

Colômbia recusa oferta internacional de diálogo com a guerrilha



O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, voltou a recusar nesta segunda-feira as propostas, que recebeu do exterior, de colaboração para a abertura de diálogos de paz com as guerrilhas, considerando essas ofertas "contraproducentes".
"Foram apresentadas várias iniciativas, enviadas por personagens nacionais e internacionais que querem criar um grupo e intervir", afirmou Santos, sem mencionar nomes, durante um ato no departamento de Antióquia (noroeste).
O presidente disse que sua negativa foi trasmitida, também, a vários presidentes latino-americanos que se ofereceram para colaborar durante a reunião de cúpula de criação da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac) em dezembro, em Caracas. "O melhor é que não haja intromissões, que aguardem que se apresentem as circunstâncias adequadas", como dissemos tantas vezes, frisou Santos.
O Exército de Libertação Nacional (ELN), a segunda guerrilha da Colômbia, havia pedido à Celac apoiar diálogos que permitissem uma solução pacífica para o conflito armado de há quase meio século.
Desde sua chegada ao poder, em 2010, Santos deixou aberta as portas do diálogo com o governo às guerrilhas ELN e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), sempre que demonstrarem sua disposição de paz, com ações como a renúncia ao sequestro, ao recrutamento de menores e os atentados.

fonte: AFP/defesanet.com.br

Governo da Colômbia oferece ajuda em resgate de reféns das Farc

O governo da Colômbia reiterou nesta segunda-feira sua oferta para coordenar o resgate de seis reféns do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
A oferta foi feita pelo ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón Bueno, um dia após a associação "Colombianos e Colombianas pela Paz" (CCP), liderada pela ex-senadora Piedad Córdoba, ter pedido a empresários do país uma contribuição para alugar um helicóptero para a operação de resgate.
"Francamente, não é necessário buscar financiamento, se nos disserem amanhã onde estão [os reféns], podemos enviar helicópteros militares ou qualquer aeronave", afirmou Bueno.
Ele agregou que "o importante" é "trazer estas pessoas sãs e salvas a seus lares o quanto antes, sem continuar com este espetáculo midiático".
Em liberações anteriores, o governo do Brasil deu apoio logístico, emprestando aeronaves para levar os sequestrados a centros urbanos. O atual governo colombiano, no entanto, é contra a intervenção de outros países nas operações de resgate.
LIBERTAÇÃO
Na quarta (25), um comandante das Farc identificou seis reféns, entre militares e policiais, que a guerrilha vai libertar nas próximas semanas, e propôs uma mudança constitucional para pedir a troca de guerrilheiros presos por pessoas mantidas em cativeiro na selva colombiana.
Ivan Márquez descreveu em vídeo a próxima libertação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como "um ato de paz".
O comandante barbado, que usava roupas em verde-oliva e estava sentado em uma escrivaninha no que disse serem as montanhas da Colômbia, faz parte do secretariado de sete membros que lidera o grupo financiado pelo tráfico de drogas.
Os seis cativos são parte dos onze membros das Forças Armadas colombianas que são mantidos reféns pelas Farc há mais de uma década. O grupo rebelde também mantém pelo menos 300 civis presos em cativeiro.
"As famílias dos prisioneiros de guerra querem que seus entes amados voltem vivos para casa", disse Márquez em seu primeiro comunicado gravado desde 2007, quando ele apareceu junto com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, no palácio presidencial de Caracas.
O vídeo é o último de uma série de mensagens de paz feitas pela insurgência com quase cinco décadas de existência desde que tropas mataram seu líder, Alfonso Cano, no final do ano passado. O comandante rebelde Timochenko assumiu seu lugar.
Fonte:folha.com

EUA fecham cerco a ditador da Síria; Hillary cobra ação da ONU

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, cobrou nesta segunda-feira uma solução política do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) à violência na Síria, enquanto a Casa Branca disse que a saída do ditador Bashar al Assad é "inevitável".
Embaixadora dos EUA diz que ONU foi 'negligente' sobre Síria
"O Conselho de Segurança deve atuar e deixar claro ao regime sírio que a comunidade internacional vê suas ações como uma ameaça à paz e à segurança. A violência deve acabar para que comece um novo período de transição democrática", afirmou Hillary em comunicado do Departamento de Estado.
Ela condenou nos "termos mais enérgicos" o aumento dos ataques do regime a opositores, chamados de "brutais". Ela também considera que os ataques e a instabilidade provocada pelos confrontos podem "respingar" em outros países da região.
A secretária anunciou também que deverá ir à ONU na terça, junto com França, Reino Unido e representantes da Liga Árabe, para ratificar a proposta divulgada pelo bloco árabe na semana passada. "Vamos enviar uma mensagem clara de apoio ao povo sírio: estamos com vocês".
A reunião acontece com a possibilidade de veto da Rússia, que havia desenhado o primeiro rascunho de solução para a crise na Síria. Os russos não aplicaram as sanções europeias e continuam vendendo armamento para o país e demonstrando apoio ao regime de Assad.
Larry Downing - 17.jan.12/France Presse
Em comunicado, Hillary Clinton anuncia que visitará ONU para pressionar resolução contra regime sírio
Em comunicado, Hillary Clinton anuncia que visitará ONU para pressionar resolução contra regime sírio
RESOLUÇÃO
Hillary Clinton é a terceira autoridade de um dos países membros do Conselho de Segurança que participarão da reunião para definir as atitudes contra o governo sírio.
Mais cedo, os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido e da França anunciaram que vão fazer uma visita à sede da ONU, em Nova York, para pressionar a adoção uma resolução contra a onda de violência na Síria, que já dura mais de dez meses.
Segundo a emissora de TV americana CNN, o Conselho de Segurança apresentará uma proposta de resolução ainda nesta semana, convidando o ditador sírio, Bashar al Assad a renunciar e transferir o comando do país, palco de protestos de opositores desde março do ano passado.
O chanceler francês, Alain Juppé, discursará ao órgão na terça-feira, em um esforço para conquistar o apoio dos 15 membros à proposta da Liga Árabe por uma mudança política na Síria.
"O ministro está em Nova York para convencer o Conselho de Segurança a assumir suas responsabilidades enquanto os crimes contra a humanidade cometidos pelo regime pioram", afirmou o porta-voz do ministério, Bernard Valero.
Os 15 membros do Conselho de Segurança podem votar ainda nesta semana sobre a nova resolução, que está sendo rascunhada por Reino Unido e França com consultas do Qatar, Marrocos, Estados Unidos, Alemanha e Portugal.
O chefe da Liga Árabe, Nabil Elaraby, também está em Nova York para se reunir com representantes do Conselho em busca de apoio para o plano de paz ao conflito sírio, no qual apela para o ditador Assad renunciar.
Segundo a agência de notícias Reuters, a proposta de resolução pede uma "transição política" na Síria, mas não defende sanções na ONU contra Damasco. O documento alerta, porém, que "novas medidas" poderiam ser adotadas contra o regime caso os termos da resolução não fossem cumpridos.
RÚSSIA
Os esforços franceses e britânicos buscam substituir uma proposta russa que algumas delegações ocidentais consideram ser muito confortável para Assad e pouco relevante à luz das recentes propostas da Liga Árabe.
A Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança, disse na semana passada que a resolução árabe era inaceitável e que o órgão deveria ouvir diretamente a missão da Liga Árabe enviada à Síria antes de discutir o assunto.
Nesta segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou em comunicado que o regime sírio está disposto a iniciar em Moscou um diálogo informal com a oposição, o que pode enfraquecer os esforços por uma resolução na ONU.
"Propusemos às autoridades sírias e à oposição enviar seus representantes a Moscou para contatos informais. Já recebemos uma resposta positiva por parte das autoridades sírias", informou o ministério.
O ministério disse ainda que aguarda nos próximos dias a resposta dos opositores, que até o momento se recusaram a dialogar enquanto a violência não cessar no país.
France Presse
Imagem da agência estatal SANA mostra velório de 22 soldados sírios; governo aceita negociação com mediação russa
Imagem da agência SANA mostra velório de 22 soldados sírios; governo aceita negociação com mediação russa
REPRESSÃO
Em dezembro, a ONU havia atualizado a contagem de civis mortos nas ações violentas das forças de segurança sírias em 5.000 pessoas, e, desde então, não foi divulgado nenhum novo número sobre o assunto.
O regime de Assad se defende dizendo que, na verdade, combate terroristas armados, e não manifestantes pró-democracia. Segundo as autoridades sírias, mais de 2.000 membros das forças de segurança morreram nas operações.
Na semana passada, a alta comissária para os direitos humanos na ONU, Navi Pillay, anunciou que a organização desistiu de compilar os dados sobre as vítimas da repressão na Síria devido às dificuldades existentes para obter informações.

Reuters

Opositores fazem funeral de manifestantes mortos próximo a Homs; renúncia de Assad é 'inevitável', diz EUA
Opositores fazem funeral de manifestantes mortos próximo a Homs; renúncia de Assad é 'inevitável', diz EUA

Fonte: folha.com

Apresentado o protótipo do AK-12, o eventual substituto do AK-74 nas FFAA Russas

Apresentado o protótipo do AK-12, o eventual substituto do AK-74 nas FFAA Russas.

Alexandre Beraldi
Especial para DefesaNet

A empresa Izhmash apresentou o protótipo do AK-12 (Avtomat Kalashnikova, 2012), fuzil que eventualmente substituirá o AK-74 em suas diversas variantes atualmente em uso nas forças armadas da Rússia. Foi noticiado que a arma virá em duas versões, uma leve e outra pesada, tal e qual tem se mostrado esta nova tendência de desing de fuzis de assalto para as forças armadas atuais, como no caso do FN SCAR-L e SCAR-H, O HK416 e HK417, e até o IMBEL IA2. O novo fuzil russo em sua versão leve será disponibilizado nos calibres 5,56x45mm OTAN, 5,45x39mm M74 e 7,63x39mm M43, ao passo que a versão pesada será disponibilizada na versão 7,62x51mm OTAN e, muito provavelmente, no novo calibre 6x49mm russo, ainda mantido sob a cortina do segredo, que provavelmente será o novo calibre militar padrão da Rússia, substituindo inicialmente o 7,62x54R.

O novo fuzil de assalto mantém as características mecânicas de funcionamento da linha Kalashnikov, com um sistema de recuo longo do êmbolo de gases solidário ao transportador do ferrolho acionando um ferrolho rotativo. Neste protótipo, o sistema de balanceamento de recuo do AK-107/108, que inicialmente seria adotado no AK-12, não foi instalado. Uma série de mudanças que visam primariamente uma melhor ergonomia e a modularidade da arma foram observadas, tais como:

1) Alavanca de manejo ambidestra, solidária ao êmbolo de gases, que pode ser instalada no lado esquerdo ou direito do fuzil: esta é uma significativa mudança, apta a acelerar consideravelmente o remuniciamento. Normalmente a customização número um feita por aqueles que utilizam armas da família Kalashnikov em competições em que o remuniciamento rápido é um fator importante, esta modificação típica dos esportes de tiro é trazida para o meio militar.

2) Seletor de disparo ambidestro com as posições seguro, fogo semi-automático, fogo automático controlado limitado a três disparos (burst) e fogo automático, sendo este operável sem que se tenha que soltar a empunhadura: o maior problema da família AK em termos ergonômicos sempre foi a necessidade de soltar a empunhadura da arma para destravá-la o mudar seu regime de tiro. Não mais no AK-12.

3) Empunhadura ergonômica: uma nova empunhadura de desenho mais anatômico é utilizada, deixando de lado o modelo anterior que tinha um desenho que se afilava em direção à sua extremidade inferior, dificultando o posicionamento adequado, firme e constante da mão forte, bem como a retenção da arma.

4) Janela de ejeção menor, garantindo maior segurança aos atiradores canhotos contra cápsulas ejetando em padrões inesperados, sopro de gases ou ignição de pólvora incombusta no interior da caixa de culatra.

5) Coronha rebatível ajustável, para um melhor posicionamento de atiradores de diversas estaturas, com diversos tipos de vestes, proteções balísticas ou EPI’s, e para facilitar o emprego a partir de posições de tiro incomuns.

6) Tampa de desmontagem da caixa de culatra melhor afixada à estrutura principal da arma, não sendo mais destacável, mas sim dobrável. Esta modificação faz com que a tampa da caixa de culatra, quando fechada e travada, não mais oscile, permitindo a fixação de equipamentos óticos de pontaria sobre a mesma, através de uma interface do tipo trilho Picatinny. O fato de ela estar presa por uma dobradiça à frente e uma trava dentada à retaguarda garante a rigidez necessária, sem existir mais a necessidade de recorrer à montagem lateral de grandes e pesados suportes para equipamentos óticos. Um efeito colateral positivo é que isto permitiu a colocação da alça de mira na parte posterior da caixa de culatra, mais atrás, aumentando significativamente a distância entre massa e alça de mira (sight radius), favorecendo a precisão quando empregando as miras mecânicas.

7) Trilhos Picatinny espalhados por todos os lados: acima da caixa de culatra; acima, abaixo e nas laterais do guarda-mão; e até sobre o bloco do evento de gases.

8) Um freio de boca/compensador no diâmetro padrão da OTAN (22mm), que permite o uso de granadas de bocal.

9) Um cano com um novo raiamento, que extrai melhor precisão da munição.

Em resumo, o protótipo do AK-12 apresentado parece trazer o famoso Kalashnikov para o século XXI, com as mudanças necessárias para torná-lo ao menos equivalente ao que é atualmente produzido nos arsenais ocidentais. Resta aguardar a apresentação da versão definitiva para as forças armadas russas, a versão de produção para consumo interno do novo fuzil de assalto, que pode guardar outras melhorias, como o sistema de balanceamento de recuo para fogo automático controlado, e quem sabe, um novo calibre.
Fonte: defesanet.com.br

Irã anuncia desenvolvimento de munições guiadas por laser

O Irã conseguiu fabricar diferentes tipos de munição guiada por laser, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, à televisão estatal.
Estas munições, que podem ser utilizadas contra qualquer tipo de alvo, fixo ou móvel, podem ser guiadas com precisão de até 20 km de distância, segundo as imagens exibidas pela televisão.
A televisão exibiu imagens de munições disparadas por artilharia e equipadas, segundo ela, com um sistema para serem guiadas por laser. Não foi dada indicação alguma sobre o sistema utilizado.
"O Irã está entre os cinco países no mundo capazes de fabricar armas deste tipo utilizando tecnologia local", afirmou o ministro da Defesa.
O Irã, submetido a um embargo da ONU sobre a compra de armas ofensivas como parte de sanções por seu programa nuclear, anuncia regularmente o desenvolvimento de novos materiais de alta tecnologia por sua indústria de defesa.
O general Vahidi anunciou na semana passada que seu ministério apresentará durante as comemorações da Revolução Islâmica de fevereiro de 1979 novas munições, além de sistemas de defesa marítima, aérea ou de guerra eletrônica mais avançados.
Fonte: AFP/defesanet.com.br

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Confiitos assimétricos: Treinamento de nortes americanos em ambiente urbano

 


A polícia de Los Angeles (Los Angeles Police Department – LAPD), junto com Forças Especiais do Exército (Special Operation Forces – SOF), operaram nos céus de Los Angeles, em especial na área central da cidade.
Um helicóptero Black Hawk e quatro OH-6 “Little Birds” – cruzaram os céus da cidade na noite de quarta-feira (25JAN12), e em particular sobre o edifício do US Bank e sobrevoaram o estádio do Lakers, no mesmo momento em que era realizado um jogo.

O LAPD informou na segunda-feira que realizaria esta missão como um treinamento. Era mencionado que o treinamento era para que os militares tivessem capacidade de operar em ambiente urbano ( ability to operate in urban environment). Esta operações são conhecidas como Military Operations in Urbanized Terrain (MOUT) .
“Eles realizaram uma série de exercícios sob a cidade. Mas é sempre melhor treinar com os objetivos reais para uma melhor avaliação..”, avaliou o chefe policial David Duran
Duran afirmou que os militares escolheram treinar em ambientes que poderão ser possíveis áreas de ação em um futuro próximo.”
“Se é um terreno montanhoso vão às montanhas, se é um deserto vão ao deserto se é litoral vão ao litoral,” disse Duran. “se é um terreno urbanizado, aqui era o que eles procuravam.”
As manobras radicais dos helicópteros assustaram a muitos moradores, que comentaram delas estarem sendo realizadas sobre a cidade.
A LAPD disse que medidas de segurança foram tomadas para prevenir o risco ao público, assim como aos militares envolvidos.
Mais intrigante, é que exercícios similares também foram conduzidos nas cidades de Miami e Boston.
Segundo a própria LAPD mais exercícios tipo MOUT serão realizados no futuro na sua área de atuação.

Luta pelo Comando da segurança na Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016

A queda do delegado José Ricardo Botelho do cargo de secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério de Justiça fortaleceu os militares, que querem ver as Forças Armadas à frente da segurança na Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016.
FONTE: Isto É

Sem Nelson Jobim, Forças Armadas não querem problemas com Dilma

Os três comandantes das Forças Armadas não estão dispostos a se encalacrarem com a presidente Dilma Rousseff para levar demandas dos militares da reserva contra a Comissão da Verdade.
Sem o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim para brigar por eles, os três só pensam em agradar Dilma para ficar no cargo. O atual, Celso Amorim, segue a mesma toada.
FONTE: Jornal do Brasil

Para Brasil, não existe ‘emergência’ quanto a direitos humanos em Cuba

Canceler brasileiro, Antonio Patriota, afirma em Davos que Dilma evitará tema em viagem. Segundo ele, visita da presidente servirá para dialogar sobre “atualização do modelo econômico cubano”.

O chanceler Antonio Patriota disse ontem que a situação dos direitos humanos em Cuba “não é emergencial” e, por isso, a presidente Dilma Rousseff não falará sobre o tema em sua visita à ilha na semana que vem.
O ministro ressalvou que ela não falará “para os ouvidos dos jornalistas”, uma maneira evasiva de dizer que talvez fale a portas fechadas aos líderes cubanos.
A tese clássica da diplomacia brasileira é que “resultados positivos [em direitos humanos] não surgem necessariamente da exposição pública”, repetiu o chanceler. O Itamaraty escuda-se nessa tese para evitar se manifestar abertamente sobre direitos humanos.
Patriota relatou uma conversa com autoridades cubanas sobre o assunto em recente viagem à ilha.
Ele não entrou em detalhes, a não ser para elogiar o papel de médicos cubanos para controlar um surto de cólera no Haiti.
Epidemias também são uma forma de violação dos direitos humanos, embora a avaliação usual restrinja o tema a aspectos institucionais e de liberdades públicas. O chanceler adiantou que a visita de Dilma servirá para dialogar a respeito da “atualização do modelo econômico cubano em busca de maior eficiência”.
Ou, posto de outra forma, o governo brasileiro está interessado em colaborar no que seja necessário para a transição cubana de um modelo de economia centralizada e totalmente estatizada para algo mais aberto, ainda que sob controle do Partido Comunista Cubano.
Nesse mesmo espírito, o ponto central da relação Cuba/Brasil passa pela ampliação do porto de Mariel, obra para a qual a Câmara de Comércio Exterior acaba de autorizar o BNDES a desembolsar mais uma fatia.
Tradução, segundo a Folha apurou no governo brasileiro: a ampliação do porto de Mariel só tem sentido se servir para o comércio com os EUA, hipótese inviável ante o embargo norte-americano.
FONTE: Folha de São Paulo

sábado, 28 de janeiro de 2012

IPEA - SIPS revela grau de confiança nas Forças Armadas






Fonte IPEA

O Norte é a região brasileira que mais confia nas Forças Armadas, revela a segunda edição do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS): Defesa Nacional, divulgado pelo Ipea nesta quinta-feira, 26. 55% dos moradores da região ouvidos pela pesquisa afirmaram ter muita ou total confiança nas Forças Armadas, enquanto 25% confiam razoavelmente. Apenas 19,7% confiam pouco ou nada.
Na média do Brasil, 49,6% indicaram ter muita ou total confiança e menos de 18% não confiam nada. Esta edição do SIPS trouxe ainda informações sobre a percepção do brasileiro em relação às funções das Forças Armadas e às condições oferecidas para que elas sejam exercidas.
Para a maior parte da população, o papel mais importante do Exército, da Marinha e da Aeronáutica é o “combate à criminalidade em conjunto com as polícias”, seguido da “defesa do país em caso de guerra”. Os dois itens obtiveram percentuais próximos: 58,1% e 55,4%, respectivamente. Logo depois vieram as “funções sociais” da Forças Armadas (“ajudar a população com serviços médicos e sociais e em caso de desastres naturais”), com 49,7%.
Os entrevistados avaliaram positivamente as condições dos equipamentos disponíveis para as tropas do país (48% acham bom ou muito bom o estado dos equipamentos e 29%, regular). Mesmo assim, foi generalizada a percepção de que é necessário investir mais na estrutura oferecida às Forças Armadas: sete em cada dez disseram que o orçamento militar deveria aumentar muito ou razoavelmente.
SIPS
O SIPS Defesa Nacional também questionou os entrevistados sobre a atuação do país em missões de paz da ONU e sobre as formas de contribuição da população em caso de guerra. Ao todo, foram ouvidas 3.775 pessoas, em 212 municípios, abrangendo todas as unidades da Federação.
“Um dos destaques dessa série de pesquisa sobre a Defesa Nacional foi o baixo índice de respostas enquadradas na categoria ‘não soube ou não quis responder’, o que indica que o entrevistado tem uma opinião consolidada sobre o assunto, mesmo que não tenha definições precisas de conceitos”, comentou Edison Benedito, um dos autores do estudo.
Leia mais: SIPS avaliou percepção dos brasileiros sobre ameaças

Download diretamente do Portal do IPEA

Leia a íntegra do SIPS Defesa Nacional (Parte II)

Veja os gráficos da apresentação sobre Defesa Nacional (Parte II)
Site para a pesquisa: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/SIPS/120125_sips_defesanacional_2.pdf

Brasiguaios - Aumenta Tensão com Invasões

OTROS 150 SE NIEGAN A ABANDONAR UNA PROPIEDAD EN GRAL. RESQUÍN Un grupo de setenta campesinos invade una estancia en San Pedro. Otros 150 se Niegan a Abandonar una Propriedade

Unos 70 campesinos “sin tierra” invadieron en la mañana de ayer la estancia El Recodo Mbaya, propiedad del político aliancista Miguel Angel Montaner. Otros 150 agricultores de la zona de General Resquín se niegan a abandonar una propiedad privada que ocupan desde hace una semana.

POTRERO NARANJO, departamento de San Pedro (José Martínez, especial). La propiedad tiene aproximadamente 800 hectáreas, según informaron los ocupantes, que en su mayoría son pobladores del asentamiento 12 de Junio y Potrero Naranjo, colindantes con la propiedad del político.

Según pudimos constatar en la tarde de ayer, los campesinos ingresaron del lado de la colonia 12 de Junio, que se encuentra a unos 3.000 metros del casco principal del establecimiento, e inmediatamente comenzaron la apertura de piquetes y delimitaron parcelas. Incluso confirmaron que tienen intenciones de cultivar lo más pronto posible.

Eladio Vera, vocero del grupo, dijo que el inmueble prácticamente se encuentra abandonado desde hace algunos años, no tiene ningún tipo de producción y ni siquiera está alambrado del lado de la colonia 12 de Junio. “Lo que nosotros solicitamos es una ampliación de la colonia 12 de Junio, ya que el inmueble separa por el medio el asentamiento y la población de Potrero Naranjo”, expresó el dirigente.

“Hace como cuatro años que estamos pidiendo por estas tierras, e inclusive ya se había ocupado aquella vez, pero por temor al desalojo se abandonó el lugar. Ahora surge información de que se va a vender o alquilar el inmueble, y por eso ingresamos. Se puede ver desde el lado sur, donde se encuentra el casco, que ya comenzaron a arar las pastura al parecer van a sembrar algo”, continuó diciendo Vera.

Los campesinos se encontraban desde tiempo atrás en la cabecera del inmueble, pero cerca del mediodía de ayer decidieron ingresar en él. Tras conocerse la información, efectivos del puesto policial de Potrero Naranjo visitaron el lugar con el objeto de informar del hecho a sus superiores de San Pedro, según expresaron los uniformados del lugar. Seis años atrás, unas 700 hectáreas del inmueble fueron adquiridas por el Estado y actualmente dan asiento a la colonia 12 de Junio.

Resisten en Gral. Resquín

Vecinos, autodenominados “sintierras” de la colonia San José del Norte en Gral. Resquín ocupan desde hace una semana una propiedad de 700 hectáreas, denominada “San Mateo”, y se niegan a dejar el lugar. Unas 500 hectáreas del inmueble tienen plantaciones de soja. Guilberto Carlos Arenot, dueño de las tierras, dijo que, a pesar de haber hecho las denuncias, las autoridades no actúan para desalojar a los invasores.

Luis Piñánez, fiscal de feria de Santa Rosa del Aguaray, aseguró que se notificó a los ocupantes de la existencia del título de propiedad, se le informó a la jefatura policial de San Pedro y ahora se le está urgiendo que intervenga. El comisario Antonio Ruiz dijo que se dio intervención al Ministerio del Interior.
fonte: defesanet.com.br

Irã - Nega Conflito com diplomacia do Brasil na gestão de Dilma

Porta-voz de Ahmadinejad diz que suas declarações à Folha foram 'distorcidas'; jornal mantém informações Ali Akbar Javanfekr acusara a presidente de 'golpear' tudo que Lula havia feito; agora, alega ter elogiado governo 

DE SÃO PAULO

O governo do Irã negou ontem ter criticado a presidente Dilma Rousseff pela opção de dar menos ênfase à relação com Teerã.

As críticas haviam sido feitas pelo porta-voz do presidente Mahmoud Ahmadinejad, Ali Akbar Javanfekr, em entrevista publicada na segunda-feira pela Folha. O jornal mantém as informações.

Citado pela agência estatal de notícias Irna, chefiada por ele, Javanfekr alega que suas declarações foram "distorcidas". Ele afirma ter dito à Folha que Dilma "precisava de tempo para consolidar as relações entre Teerã e Brasília". Diz ainda que elogiou "o governo e o povo do Brasil pelo apoio à República Islâmica".

A nota da Irna diz ainda que o Brasil "insiste em manter um diálogo diplomático com Teerã sobre o programa nuclear da República Islâmica, política que começou com o antigo presidente Luiz Ignacio Lula da Silva (sic)".

O texto lembra que o "New York Times" repercutiu a fala de Javanfekr à Folha.

Ramin Mehmanparast, porta-voz da Chancelaria iraniana, também se pronunciou sobre a reportagem da Folha. Citado pela agência Fars, ligada ao governo, ele atribuiu o mal-estar causado pelas declarações a "propaganda de mídia para manchar as relações [bilaterais]".

Mehmanparast insistiu em que não há nenhuma mudança na maneira de o Irã enxergar o Brasil e afirmou que Teerã atribui "grande importância" à relação com Brasília.

A reportagem trazia trechos de uma entrevista feita ao celular com Javanfekr, em espanhol, na qual ele disse que "a presidente brasileira golpeou tudo o que Lula havia feito" e "destruiu anos de bom relacionamento".

"Lula está fazendo muita falta", disse então o porta-voz, em referência às gestões para aliviar a pressão sobre Teerã em matéria de direitos humanos e diálogo nuclear.

A conversa durou cerca de dez minutos e abordou também as complicações jurídicas de Javanfekr, que acaba de recorrer de uma pena de um ano de cadeia por suposta ofensa ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.

Além das declarações do porta-voz, a reportagem da Folha informava que carregamentos de carne brasileira exportada ao Irã estavam sendo retidos em porto iraniano sem justificativa aparente.

O bloqueio foi atribuído por importadores iranianos e empresários brasileiros a uma retaliação comercial do Irã contra a diplomacia de Dilma Rousseff.
Fonte: Folha

Comentário Gelio Fregapani - Cenário político-militar; mundial e nacional

Situação mundial – O cenário político e o econômico

Continua o cenário potencial de conflito no Oriente Médio e seu entorno. O Irã afirma que fechará o estreito de Ormuz se for atacado. Entretanto, a temperatura bélica diminuiu um pouco por conta de certos posicionamentos. A Rússia reforçou as advertências de que não ficará de braços cruzados diante de qualquer agressão militar contra o Irã ou a Síria. Os EUA procuparam um contato (coisa que não faziam) ainda que para dizer que será inaceitável o fechamento do Estreito de Ormuz e conjuntamente com Israel adiaram um exercício conjunto. Entretanto comenta-se que a Rússia estaria articulando, com os países balcânicos, um “acerto de contas” com a Turquia.

Com esses dados podemos fazer a seguinte leitura:

1 -É possível que o Irã tenha meios de fechar, por algum tempo, o estreito de Ormuz e os EUA preferem evitar do que enfrentar
2 – A Rússia talvez faça ameaças apenas para trocá-las” por liberdade de ação nos Balcans.

Quanto a economia, o consenso quase universal, é pessimista. O declínio econômico e o aumento do desemprego obrigarão a drásticos cortes em programas sociais, afetando ainda mais a indústria e o comércio. Mesmo subestimando a profundidade das crises, há razões para acreditar que os governos não podem salvar o sistema, em processo de desintegração e confusão.

A economia dos EUA sofrerá as consequências da sua inconsequencia. O dólar, impresso sem controle e cada vez menos aceito, perderá o valor e talvez até deixe de existir, reduzindo a zero o valor das divisas acumuladas naquela moeda. significando o maior calote mundial já realizado. A simples ameaça desse calote já foi a causa primária da atual recessão mundial, e chega a ser difícil imaginar o apocalíptico cenário da concretização da ameaça.

Lógico que venha a mente uma solução militar: uma guerra bem sucedida pelo petróleo, mas ganhar a guerra não é tão fácil como ganhar batalhas. Outra alternativa para os EUA uma seria o retorno ao seu antigo isolamento, mas desta vez com uma tremenda redução do nível de vida; coisa ainda inaceitável, mas possível no futuro. Mesmo não chegando a tais extremos, a simples retração do mercado estadunidense causará profundas alterações na economia mundial, cenário que expomos a seguir.

A Europa sofrerá as consequências do declínio geral dos mercados mundiais. A Alemanha, França, os Países Baixos e os países nórdicos ainda tentarão aguentar a retração econômica. A Inglaterra, afundando no crescimento negativo tentará obter vantagens apoiando os EUA nas conquistas a manu militarii entre os estados petrolíferos e outros "nichos’, ". A Europa do Sul (dos PIGS) entrará numa depressão profunda e a indispensável redução de salários e benefícios sociais reduzirão drasticamente o consumo e em consequencia o número de empregos.

O nível de desemprego a provocará conflitos sociais e levantamentos populares. A ruptura da União Européia é quase inevitável. É pouco provável que uma Europa deprimida, fragmentada e polarizada adira a qualquer aventura militar estadounidense-israelense contra o Irã ou mesmo a Síria. A Europa cavalgada pela crise opor-se-á à abordagem de confronto de Washington em relação à Rússia e à China.

Os novos centros de crescimento, China, Índia, Brasil, Rússia, que durante uma década proporcionaram ímpeto para o crescimento mundial,, com a diminuição das encomendas, tendem a desacelerar rapidamente e estarão ocupados com suas crises intenas. Os únicos beneficiários seriam os fornecedores de petróleo, se tiverem paz, mas o único deles que teria força para garantir a paz para si é a Rússia. Falta saber se é isto que ela quer.
Situação Nacional - Dilma X Partidos e o aval das Forças Armadas
O diretor-geral do Dnit, general Jorge Fraxe, declarou guerra ao aparelhamento político responsável pela conservação das estradas, que se sabe, é eivado de corrupção. Determinou que todos os cargos de confiança devem ser preenchidos por funcionários de carreira. Com sua decisão, retira cerca de 100 cargos comissionados dos partidos da base aliada, incluindo 26 superintendentes regionais, com salários acima de R$ 20 mil. Nos meios políticos, o clima naturalmente é de indignação.

A pressão política para a retirada do general certamente será avassaladora. Temem que a ideia do general Fraxe seja estendida aos demais órgãos do governo. Um indício que este seja o plano é a futura presidente da Petrobras, Graça Foster, ter entrado em alguns gabinetes do Senado Federal para avisar que deveria trocar diretores. Atualmente o PT, PMDB e PTB dominam feudos dentro da estatal, com indicações de diretores e subsidiárias. Foster teve que pisar em ovos.

Nessa queda de braço veremos a força ou a fraqueza da presidente; sabemos onde está o coração dela, mas se mantiver o rumo terá muito a perder políticamente. Ainda que ganhe moralmente seu mandato estará na corda bamba.

Sejamos realistas. A “base aliada” da presidente e até seu próprio partido já estavam esperando uma oportunidade para dar-lhe uma rasteira. Pior agora, se ameaçar desmanchar os feudos. Da oposição, igualmente corrupta e sectária, nada a esperar.

Certamente as medidas presidenciais obterão um amplo apoio popular, mas ainda que esse apoio possa influenciar o desencadeamento de movimentos, ele por si não garante ninguém contra a classe política, que jamais perdoará a quem prejudicar a sua “boquinha”. Com o inútil judiciário, ninguém poderá contar, a não ser certos bandidos.

Restará talvez à Dilma o aval das Forças Armadas, mas isto não se consegue automaticamente. É claro que o “amplo apoio popular” facilita as coisas, mas existem velhas cicatrizes que a ministra dos Direitos Humanos e outros radicais (de ambos os lados) insistem em manter abertas.

É certo que o aval das Forças Armadas passará pela correção dos soldos e pelo reequipamento bélico, mas só isto não é suficiente. Os verdadeiros valores dos militares são mais elevados – se referem ao bem da Pátria. Dilma não conquistará os militares só com benesses. Ela necessitará reunir-se com eles expor seus planos de governo, mostrar que é isto que o Brasil precisa e os óbices a serem ultrapassados. Enfim, falar-lhes como chefe ao dar uma ordem de operações: para quem não sabe, é dizer primeiro qual a nossa missão e o porquê; segue-se a estratégia pretendida, as possibilidades do “opositor”, a tarefa de cada um e os meios a disposição. Esta é a liguagem que o s militares entendem. Assim pode se lhes pedir qualquer sacrifício. Até o impossível.

Este ano em que nuvens negras ameaçam descer sobre a terra e que as necessidades e ambições hegemônicas de um modo ou outro envolverão a nossa Pátria, nacessitaremos mais do que nunca de um chefe de coragem. E essa coragem tem que começar em casa.
Que Deus guarde a todos vocês

Gelio Fregapani/defesanet.cm.br

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Defesa dos EUA anuncia que cortará cerca de 100 mil soldados

Leon Panetta disse que novo plano desloca a atenção do Pentágono das guerras do Iraque e Afeganistão para Ásia e ciberespaço

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, anunciou nesta quinta-feira que o Exército americano será “menor e mais enxuto”, com cerca de 100 mil soldados a menos em cinco anos. O pedido de financiamento, que inclui cortes dolorosos em muitos Estados, monta o palco de uma nova luta entre o governo do presidente Barack Obama e o Congresso sobre quanto o Pentágono deve gastar na segurança nacional, enquanto o país tentar conter déficits orçamentários de um trilhão de dólares.
“Não se enganem, as economias que estamos propondo vão impactar todos os 50 Estados e muitos distritos em toda a América”, disse Panetta em uma conferência de imprensa no Pentágono. “Esse será um teste sobre se reduzir o déficit é só conversa ou ação”.
Panetta disse que buscaria US$ 88,4 bilhões de dólares para apoiar as operações de combate no Afeganistão, menos que os US$ 115 bilhões em 2012, em grande parte devido ao fim da guerra no Iraque e à retirada das forças norte-americanas no final do ano passado.
O orçamento começa a concretizar uma nova estratégia militar anunciada pelo Pentágono no início desse mês que pede uma mudança de foco, das guerras terrestres da década passada para os esforços para preservar a estabilidade na região da Ásia-Pacífico e no Oriente Médio.
Isso adiaria a compra de armas como o avião de guerra F-35 Joint Strike da Lockheed Martin’s, o maior programa de aquisição do Pentágono, além de submarinos, navios de assalto anfíbios e outras embarcações.
Os aumentos salariais dos militares começariam a diminuir depois de mais de dois anos de crescimento, e aumentariam as taxas para benefícios do sistema de saúde para militares aposentados, para os que serviram por mais de 20 anos.
Mais equipes de forças especiais, como o Seals que matou Osama Bin Laden, seriam utilizadas ao redor do mundo, acrescentou Panneta. “Nossa abordagem foi usar isso como uma oportunidade de manter forte o Exército no mundo, para não esvaziar a força”, informou Panetta em comunicado, que logo foi rebatido por rivais republicanos no Congresso.
“Levar a nossa estrutura militar de volta para antes do 11 de Setembro coloca nosso país em grave perigo”, disse o senador John Cornyn, um republicano e membro do Comitê de Serviços Armados do Senado.
Panetta anunciou que o governo vai solicitar um orçamento para 2013 de US$ 525 bilhões, além dos outros US$ 88 bilhões para operações no Afeganistão, Combinados, esses totais são cerca de US$ 33 bilhões a menos do que o Pentágono está gastando esse ano.
O secretário disse, no entanto, que o orçamento base do Pentágono vai chegar a US$ 567 bilhões em 2017. Nessa ocasião, os orçamentos acumulados de cinco anos serão US$ 259 bilhões a menos do que havia sido planejado antes do governo ter fechado um acordo de corte de déficit com o Congresso ano passado que exige uma redução de US$ 487 bilhões até 2022.
Entre os detalhes, Panetta destacou:
  • O Exército cortará 80 mil soldados, dos 570 mil de hoje para 490 mil em 2017. Esse número é ligeiramente maior do que o Exército antes do 11 de Setembro;
  • O Corpo de Fuzileiros Navais sofrerá uma redução de 202 mil para 182 mil – também acima do nível de antes do 11 de Setembro;
  • A Força Aérea irá aposentar alguns aviões mais antigos, incluindo cerca de 20 aviões de carga C-5A e 65 dos C-130 e;
  • A Marinha manterá a frota de 11 porta-aviões mas aposentará sete cruzeiros antes do planejado e adiará a compra de alguns navios.
O presidente Barack Obama vai pedir que o Congresso aprove uma o fechamento de algumas bases domésticas, embora o prazo para que isso aconteça não tenha ficado claro.
Ao anunciar os planos de reestruturação militar, Panetta afirmou que os EUA iriam manter a habilidade de derrotar “qualquer inimigo em terra” e reforçar as forças especiais.
O plano de gastos da defesa está programado para ser submetido ao Congresso como parte do orçamento total do governo em 13 de fevereiro. A ideia de Obama é uma nova atenção voltada para a Ásia, onde a rápida modernização militar da China tem preocupado os EUA e seus aliados.
FONTE: iG, com AP e Reuters e poder terrestre

Reflexões de Fidel - A genialidade de Hugo Chávez

Publicado no Granma.cu em 25 Janeiro 2012
 O presidente Chávez apresentou ao Parlamento da Venezuela seu informe sobre a atividade realizada em 2011 e o programa a executar no ano atual. Depois de cumprir rigorosamente as formalidades que essa importante atividade demanda, falou na Assembleia às autoridades oficiais do Estado, aos parlamentares de todos os partidos e aos simpatizantes e adversários que o país reúne em seu ato mais solene.
O líder bolivariano foi amável e respeitoso com todos os presentes, como é habitual nele. Se alguém lhe solicitava o uso da palavra para algum esclarecimento, ele concedia de imediato essa possibilidade. Quando uma parlamentar, que o havia saudado amavelmente, assim como outros adversários, pediu para falar, interrompeu seu informe e lhe cedeu a palavra, em um gesto de grande estatura política. Chamou minha atenção a dureza extrema com que o presidente foi increpado com frases que puseram à prova seu cavalheirismo e sangue frio. Aquilo constituía uma inquestionável ofensa, embora não fosse a intenção da parlamentar. Só ele foi capaz de responder com serenidade ao insultuoso qualificativo de "ladrão" que ela utilizou para julgar a conduta do presidente pelas leis e medidas adotadas.
Depois de verificar sobre o termo exato empregado, respondeu à solicitação individual de um debate com uma frase elegante e tranquila "Águia não caça moscas", e sem acrescentar uma palavra, prosseguiu serenamente sua exposição.
Foi uma prova insuperável de mente ágil e autocontrole. Outra mulher, de inquestionável estirpe humilde, com emotivas e profundas palavras expressou o assombro pelo que tinha visto e arrancou o aplauso da imensa maioria ali presente, que pelo estampido dos mesmos, parecia proceder de todos os amigos e muitos dos adversários do presidente.
Chávez investiu mais de nove horas em seu discurso de prestação de contas, sem que diminuísse o interesse suscitado por suas palavras e, talvez, devido ao incidente, foi escutado por incalculável número de pessoas. Para mim, que muitas vezes abordei árduos problemas em extensos discursos, fazendo sempre o máximo esforço para que as ideias que desejava transmitir fossem compreendidas, não consigo explicar como aquele soldado de modesta origem foi capaz de manter com sua mente ágil e seu inigualável talento tal torrente oratória, sem perder sua voz nem diminuir sua força.
A política para mim é o combate amplo e resoluto das ideias. A publicidade é tarefa dos publicitários, que talvez conheçam as técnicas para fazer com que os ouvintes, espectadores e leitores façam o que se lhes diz. Se tal ciência, arte ou como lhe chamem, fosse empregada para o bem dos seres humanos, mereceriam algum respeito; o mesmo que merecem os que ensinam às pessoas o hábito de pensar.
No cenário da Venezuela se trava hoje um grande combate. Os inimigos internos e externos da revolução preferem o caos, como afirma Chávez, ao avesso do desenvolvimento justo, ordenado e pacífico do país. Acostumado a analisar os fatos ocorridos durante mais de meio século, e de observar cada vez com maiores elementos de juízo a aleatória história de nosso tempo e o comportamento humano, aprende-se quase a prever o desenvolvimento futuro dos acontecimentos.
Promover uma revolução profunda não era tarefa fácil na Venezuela, um país de gloriosa história, mas imensamente rico em recursos de vital necessidade para as potências imperialistas que traçaram e ainda traçam pautas no mundo.
Líderes políticos ao estilo de Rômulo Betancourt e Carlos Andrés Pérez careciam de qualidades pessoais mínimas para realizar essa tarefa. O primeiro era, ademais, excessivamente vaidoso e hipócrita. Teve oportunidades de sobra para conhecer a realidade venezuelana. Em sua juventude tinha sido membro do Bureau Político do Partido Comunista da Costa Rica. Conhecia muito bem a história da América Latina e o papel do imperialismo, os índices de pobreza e o saque desapiedado dos recursos naturais do continente. Não podia ignorar que em um país imensamente rico como a Venezuela, a maioria do povo vivia em extrema pobreza. Existem filmes nos arquivos que constituem provas irrefutáveis daquelas realidades.
Como tantas vezes Chávez explicou, a Venezuela durante mais de meio século, foi o maior exportador de petróleo no mundo; navios de guerra europeus e ianques em princípios do século 20 intervieram para apoiar um governo ilegal e tirânico, que entregou o país aos monopólios estrangeiros. É bem sabido que incalculáveis fundos saíram para engrossar o patrimônio dos monopólios e da própria oligarquia venezuelana.
A mim me basta recordar que quando visitei a Venezuela, pela primeira vez, depois do triunfo da Revolução, para agradecer sua simpatia e apoio a nossa luta, o petróleo valia apenas dois dólares o barril.
Quando viajei depois para assistir à posse de Chávez, no dia que jurou sobre a "moribunda Constituição" que Calderas apoiava, o petróleo valia 7 dólares o barril, apesar dos 40 anos transcorridos desde a primeira visita e quase 30 desde que o "benemérito" Richard Nixon tinha declarado que o câmbio metálico do dólar deixava de existir e os Estados Unidos começaram a comprar o mundo com papéis. Durante um século, a nação foi fornecedora de combustível barato à economia do império e exportadora líquida de capital aos países desenvolvidos e ricos.
Por que essas repugnantes realidades predominaram durante mais de um século?
Os oficiais das Forças Armadas da América Latina tinham suas escolas privilegiadas nos Estados Unidos, onde os campeões olímpicos das democracias os educavam em cursos especiais destinados a preservar a ordem imperialista e burguesa. Os golpes de Estado seriam bem-vindos sempre que fossem destinados a "defender as democracias", preservar e garantir tão repugnante ordem, em aliança com as oligarquias; se os eleitores sabiam ou não ler e escrever, se tinham ou não casas, emprego, serviços médicos e educação, isso não tinha importância, sempre que o sagrado direito à propriedade fosse defendido. Chávez explica essas realidades magistralmente. Ninguém sabe como ele o que ocorria em nossos países.
O que era ainda pior, o caráter sofisticado das armas, a complexidade na exploração e o uso do armamento moderno que requer anos de aprendizagem, e a formação de especialistas altamente qualificados, o preço quase inacessível das mesmas para as economias débeis do continente, criavam um mecanismo superior de subordinação e dependência. O governo dos Estados Unidos, através de mecanismos que nem sequer consultam os governos, traça pautas e determina políticas para os militares. As técnicas mais sofisticadas de torturas eram transmitidas aos chamados corpos de segurança para interrogar os que se revoltavam contra o imundo e repugnante sistema de fome e exploração.
Apesar disso, não poucos oficiais honestos, enfastiados por tantas sem-vergonhices, tentaram valentemente erradicar aquela embaraçosa traição à história de nossas lutas pela independência.
Na Argentina, Juan Domingo Peron, oficial do Exército, foi capaz de desenhar uma política independente e de raiz operária em seu país. Um sangrento golpe militar o derrubou, o expulsou de seu país, manteve-o exilado de 1955 até 1973. Anos mais tarde, sob a égide dos ianques, assaltaram de novo o poder, assassinaram, torturaram e fizeram desaparecer dezenas de milhares de argentinos, não foram sequer capazes de defender o país na guerra colonial contra a Argentina que a Inglaterra levou a cabo, com o apoio cúmplice dos Estados Unidos e do esbirro Augusto Pinochet, com seu grupo de oficiais fascistas formados na Escola das Américas.
Na República Dominicana, o coronel Francisco Caamaño Deñó; no Peru, o general Velazco Alvarado; no Panamá, o general Omar Torrijos; e em outros países capitães e oficiais que sacrificaram suas vidas anonimamente, foram as antíteses das condutas traidoras personificadas em Somoza, Trujillo, Stroessner e nas sanguinárias tiranias do Uruguai, El Salvador e outros países da América Central e do Sul. Os militares revolucionários não expressavam pontos de vista teoricamente elaborados em detalhes, e ninguém tinha direito de exigir isto deles, porque não eram acadêmicos educados na política, mas homens com sentido da honra que amavam seu país.
Contudo, é necessário ver até onde são capazes de chegar pelos caminhos da revolução homens de tendência honesta, que repudiam a injustiça e o crime.
A Venezuela constitui um brilhante exemplo do papel teórico e prático que os militares revolucionários podem desempenhar na luta pela independência de nossos povos, como já tinham feito há dois séculos sob a genial direção de Simón Bolívar.
Chávez, um militar venezuelano de origem humilde, irrompe na vida política da Venezuela, inspirado nas ideias do libertador da América. Sobre Bolívar, fonte inesgotável de inspiração, José Martí escreveu: "ganhou batalhas sublimes com soldados descalços e seminus [...] jamais se lutou tanto, nem se lutou melhor no mundo pela liberdade…"
"… de Bolívar – disse – se pode falar com uma montanha como tribuna [...] ou com um monte de povos livres no punho…"
"… o que ele não deixou feito, sem fazer está até hoje; porque Bolívar ainda tem o que fazer na América."
Mais de meio século depois, o insigne e laureado poeta Pablo Neruda escreveu sobre Bolívar um poema que Chávez repete com frequência. Em sua estrofe final expressa:
"Eu conheci Bolívar em uma longa manhã,
em Madri, na boca do Quinto Regimento,
Pai, lhe disse, és ou não és ou quem és?
E olhando o quartel da Montanha, disse:
‘Desperto cada cem anos quando o povo desperta ’."
Mas o líder bolivariano não se limita à elaboração teórica. Suas medidas concretas não se fazem esperar. Os países caribenhos de língua inglesa, aos quais modernos e luxuosos navios cruzeiros ianques disputavam o direito de receber turistas em seus hotéis, restaurantes e centros de recreação, não poucas vezes de propriedade estrangeira mas que ao menos geravam emprego, agradecerão sempre à Venezuela o combustível fornecido por esse país, com facilidades especiais de pagamento, quando o barril atingiu preços que às vezes ultrapassavam os 100 dólares.
O pequeno Estado da Nicarágua, pátria de Sandino, "General de Homens Livres", onde a Agência Central de Inteligência através de Luis Posada Carriles, depois de ser resgatado de uma prisão venezuelana, organizou o intercâmbio de armas por drogas que custou milhares de vidas e mutilados a esse heróico povo, também recebeu o apoio solidário da Venezuela. São exemplos sem precedentes na história deste hemisfério.
O ruinoso Acordo de Livre Comércio que os ianques pretendem impor à América Latina, como fez com o México, transformaria os países latino-americanos e caribenhos não só na região do mundo onde é pior distribuída a riqueza, pois já é, mas também em um gigantesco mercado onde até o milho e outros alimentos que são fontes históricas de proteína vegetal e animal, seriam substituídos pelas culturas subsidiadas dos Estados Unidos, como já está ocorrendo no território mexicano.
Os automóveis de uso e outros bens substituem os da indústria mexicana; tanto as cidades como os campos perdem sua capacidade de emprego, o comércio de drogas e armas cresce, jovens quase adolescentes, com apenas 14 ou 15 anos, em número crescente, são transformados em temíveis delinquentes. Jamais se viu que ônibus ou outros veículos repletos de pessoas, que inclusive pagaram para ser transportados ao outro lado da fronteira em busca de emprego, fossem sequestrados e eliminados massivamente. Os dados conhecidos crescem ano a ano. Mais de 10 mil pessoas estão perdendo a vida a cada ano.
Não é possível analisar a Revolução Bolivariana sem ter em conta estas realidades.
As Forças Armadas, em tais circunstâncias sociais, se veem forçadas a intermináveis e desgastantes guerras.
Honduras não é um país industrializado, financeiro ou comercial, nem sequer grande produtor de drogas, contudo algumas de suas cidades batem o recorde de mortos por violência por causa das drogas. Ali se ergue, ao invés, o estandarte de uma importante base das forças estratégicas do Comando Sul dos Estados Unidos. O que ocorre ali e já está ocorrendo em mais de um país latino-americano é o dantesco quadro assinalado, dos quais alguns países começaram a sair. Entre eles, e em primeiro lugar a Venezuela, mas não só porque possui grandes quantidades de recursos naturais, mas porque os resgatou da avareza insaciável das transnacionais estrangeiras e já desatou consideráveis forças políticas e sociais capazes de alcançar grandes conquistas. A Venezuela de hoje é outra muito distinta da que conheci há apenas 12 anos, e já então me impressionou profundamente, ao ver que, como a ave Fênix, ressurgia de suas históricas cinzas.
Aludindo ao misterioso computador de Raúl Reyes, em mãos dos Estados Unidos e da CIA, a partir do ataque organizado e abastecido por eles em pleno território equatoriano, que assassinou o substituto de Marulanda e vários jovens latino-americanos desarmados, lançaram a versão de que Chávez apoiava a "organização narcoterrorista das FARC". Os verdadeiros terroristas e narcotraficantes na Colômbia têm sido os paramilitares que forneciam aos traficantes norte-americanos as drogas, que são vendidas no maior mercado de entorpecentes do mundo: os Estados Unidos.
Nunca falei com Marulanda, mas sim com escritores e intelectuais honrados que chegaram a conhecê-lo bem. Analisei seus pensamentos e história. Era, sem dúvida, um homem valente e revolucionário, o que afirmo sem vacilar. Expliquei que não coincidia com ele em sua concepção tática. A meu juízo, dois ou três mil homens teriam sido mais do que suficientes para derrotar, no território da Colômbia, um exército regular convencional. Seu erro foi conceber um exército revolucionário armado com quase tantos soldados como o adversário. Isso era sumamente custoso e virtualmente impossível de dirigir; torna-se algo impossível.
Hoje a tecnologia mudou muitos aspectos da guerra; as formas de luta também mudam. De fato, o enfrentamento das forças convencionais, entre potências que possuem a arma nuclear, se tornou impossível. Não é preciso ter os conhecimentos de Albert Einstein, Stephen Hawking e milhares de outros cientistas para compreender isso. É um perigo latente e o resultado se conhece ou se deveria conhecer. Os seres pensantes poderiam tardar milhões de anos a voltar a povoar o planeta.
Apesar de tudo, defendo o dever de lutar, que é algo de per si inato no homem, buscar soluções que lhe permitam uma existência mais razoável e digna.
Desde que conheci Chávez, já na presidência da Venezuela, desde a etapa final do governo de Pastrana, sempre o vi interessado pela paz na Colômbia, e facilitou as reuniões entre o governo e os revolucionários colombianos que tiveram como sede Cuba, entenda-se bem, para um verdadeiro acordo de paz e não uma rendição.
Não me recordo de ter escutado Chávez promover na Colômbia outra coisa que não fosse a paz, nem tampouco mencionar Raúl Reyes. Sempre abordávamos outros temas. Ele aprecia particularmente os colombianos; milhões deles vivem na Venezuela e todos se beneficiam das medidas sociais adotadas pela Revolução e o povo da Colômbia o aprecia quase tanto como o da Venezuela.
Desejo expressar minha solidariedade e estima ao general Henry Rangel Silva, chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas, e recém designado ministro para a Defesa da República Bolivariana. Tive a honra de conhecê-lo quando em meses já distantes visitou Chávez em Cuba. Pude apreciar nele um homem inteligente e são, capaz e ao mesmo tempo modesto. Escutei seu discurso sereno, valente e claro, que inspirava confiança.
Dirigiu a organização do desfile militar mais perfeito que já vi de uma força militar latino-americana, que esperamos sirva de alento e exemplo a outros exércitos irmãos.
Os ianques nada têm a ver com esse desfile e não seriam capazes de fazê-lo melhor.
É sumamente injusto criticar Chávez pelos recursos investidos nas excelentes armas que ali foram exibidas. Estou seguro de que jamais serão utilizadas para agredir um país irmão. As armas, os recursos e os conhecimentos deverão marchar pelos caminhos da unidade para formar na América, como sonhou O Libertador, "…a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riqueza do que por sua liberdade e glória".
Tudo nos une mais que à Europa ou aos próprios Estados Unidos, exceto a falta de independência que nos impuseram durante 200 anos.
Fidel Castro Ruz
25 de janeiro de 2012
20h32

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Fidel Castro - Venezuela é um exemplo de militares revolucionários

 



 Havana, 26 jan (Prensa Latina) A Venezuela constitui um brilhante exemplo do papel teórico e prático que os militares revolucionários podem desempenhar na luta pela independência de nossos povos, assegurou o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.

Ao recordar que seguem a tradição daqueles que lutaram junto ao Libertador Simón Bolívar há dois séculos pela liberdade, Fidel Castro em sua mais recente reflexão afirmou que é injusto criticar o presidente Hugo Chávez pelos recursos investidos em armamento.

Estou seguro de que jamais se utilizarão (as armas) para agredir um país irmão, manifestou o líder revolucionário.

As armas, os recursos e os conhecimentos deverão marchar pelos caminhos da unidade para formar na América, como sonhou O Libertador, "a maior nação do mundo, não por sua extensão e riqueza mas por sua liberdade e glória", pontualizou.

Antes, Fidel Castro tinha recordado os privilégios dos militares latino-americanos, a passagem da maioria deles pela Escola das Américas (no Panamá) e a dependência que supunha o uso de arsenal mais sofisticado.

Apesar disso, muitos oficiais honestos, desiludidos por tantas insolências, tentaram valentemente erradicar aquela vergonhosa traição à história de nossas lutas pela independência, relembrou.

Mencionou o argentino Juan Domingo Perón, o dominicano Francisco Caamaño, o peruano Velazco Alvarado e o panamenho Omar Torrijos como antítese das condutas de Anastasio Somoza, Rafael Leonidas Trujillo e Alfredo Stroessner.

Ao destacar a genialidade de Chávez, Fidel Castro expressou que não se limita à elaboração teórica, pois suas medidas concretas não se fazem esperar, como exemplificou com o caso da Petrocaribe, que fornece petróleo a pequenos países de fala inglesa.

Também definiu como exemplo sem precedentes no hemisfério o apoio venezuelano à Nicarágua.

Depois de explicar que a tecnologia mudou muitos aspectos da guerra, afirmou que os homens têm o dever de lutar para buscar soluções que lhe permitam uma existência mais razonada e digna.

As formas de luta também mudam, aliás o confronto das forças convencionais, entre potências que possuem a arma nuclear, se tornou impossível, comentou ao explicar os perigos de uma guerra com armas atômicas.

"Não é preciso possuir os conhecimentos de Albert Einstein, Stephen Hawking e milhares de outros cientistas para o compreender. É um perigo latente e o resultado se conhece ou deva-se conhecer", afirmou.

Os seres pensantes, alertou, poderiam demorar milhões de anos a voltar a povoar o planeta.
Fonte: defesanet.com.br

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Palestinos declaram esgotado prazo para reiniciar diálogo com Israel

JERUSALÉM - O prazo de três meses fixado pelo Quarteto para o Oriente Médio (integrado por Estados Unidos, ONU, União Europeia e Rússia) a israelenses e palestinos para que acertassem a retomada do processo de paz terminou nesta quinta-feira, 26, com o anúncio palestino de que não prosseguirão com os contatos diretos.
"Há muita pressão para que sigamos adiante, mas nós tínhamos um mandato muito claro do Comitê Executivo da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) que nos permitia negociar só até hoje. Para nós, acabou", disse à Agência Efe uma fonte da equipe negociadora em Ramala.
"Não temos nenhum mandato para seguir discutindo com os israelenses, nossa posição é muito clara. Entregaremos um relatório à OLP no qual é dito o que todo mundo sabe: Israel não apresentou nenhuma proposta, não interrompeu a construção nos assentamentos e não ofereceu nada para negociar", acrescenta a fonte.
A posição da parte palestina é de que "não faz sentido negociar com uma parte que não aceita nem sequer os mínimos termos de referência da comunidade internacional, nem os compromissos adquiridos no Mapa de Caminho", que exigem que Israel detenha o crescimento das colônias e estabeleça as fronteiras anteriores a 1967 como base do futuro Estado palestino, entre outras condições.
Ambas as partes se comprometeram em 26 de outubro a apresentar no prazo de três meses suas propostas sobre dois dos principais assuntos que os opõem: fronteiras e segurança.
Neste meio tempo, os palestinos apresentaram um documento, entregue primeiro ao Quarteto e, em 3 de janeiro, aos israelenses.
Israel, no entanto, apresentou apenas uma carta que estabelece 21 pontos a serem negociados, mas que não oferece propostas concretas sobre os dois assuntos principais. O documento foi qualificado pelos palestinos como "inútil".
Um oficial israelense próximo ao processo reconheceu, em declarações à Efe, que o país "não apresentou uma posição definitiva, mas entregou um documento que tem como propósito facilitar uma negociação ordenada com uma frequência raciocinada de fases".
"Se eles desprezam este documento e afirmam que a posição israelense não merece sequer ser discutida, que podemos fazer?", questiona a fonte, que considera que os palestinos não levaram a sério os contatos diretos e "só buscaram pretextos para criar escândalos e abandonar a mesa de negociações".
"Se os palestinos não colaboram não é possível fazer nada. Essa oportunidade acabou e será preciso buscar outra", acrescenta.
Espera-se que em 4 de fevereiro, o presidente palestino Mahmoud Abbas trate a situação das negociações com a Liga Árabe para decidir os passos a serem seguidos.

Fonte: Estadão

Egípcios continuam em praça Tahrir para pressionar militares

Milhares de egípcios continuam nesta quinta-feira na praça Tahrir, no Cairo, um dia depois de realizarem manifestações para marcar o aniversário de um ano do começo das revoltas contra o então ditador do Egito Hosni Mubarak.
Após semanas de protestos iniciados em janeiro de 2011, Mubarak renunciou no dia 11 de fevereiro, deixando o poder para uma junta militar, até hoje alvo de críticas por parte da população, que quer um governo civil. O ex-ditador, por sua vez, é julgado pelas mortes de manifestantes durante a onda de revoltas no país.
Dezenas de tendas lotam o centro e as laterais da praça Tahrir, cujos acessos foram reabertos ao trânsito de veículos, mas um grande engarrafamento era registrado na região.
A polícia não está presente no local nesta quinta-feira, o que, segundo a agência de notícias Efe, contrasta com o amplo desdobramento ainda existente em edifícios governamentais próximos ao Ministério do Interior.
Alguns dos manifestantes que continuam na praça, símbolo dos protestos pró-democracia no Egito, afirmaram que planejam permanecer ali até sexta-feira, dia de orações e de manifestações pelo mundo árabe.
PROTESTOS
Entre os principais objetivos de quem ficou, está pressionar a junta militar a acelerar o processo de transferência de poder para um representante civil, e comemorar a vitória dos partidos islamistas nas eleições parlamentares pró-Mubarak.
Khalil Hamra/Associated Press
Manifestantes levam bandeira egípcia durante comemorações de um ano do levante contra o regime de Mubarak
Manifestantes levam bandeira egípcia durante comemorações de um ano do levante contra o regime de Mubarak
Em comunicado, a União de Jovens da Revolução, que representa oito partidos e nove movimentos políticos, anunciou que manterá os acampamentos na praça para que a revolução continue e haja uma verdadeira mudança no país.
Na nota, a organização denuncia que continuam os juízos militares contra civis, que a Lei de Emergência não será derrogada completamente e que "a situação vai de mal a pior, o que significa que, depois de um ano, a revolução acabou com Mubarak, mas não com seu regime".
MUDANÇAS
Ontem, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, pediu às autoridades egípcias que acelerem o ritmo das reformas democráticas no país e continuem a transição para fazer "a entrega pacífica de poder a um governo civil".
A Junta Militar egípcia, por sua vez, afirmou que deixará o poder em 30 de junho, após a realização de eleições presidenciais, e prometeu revelar então "os segredos e verdades" anteriores à revolução.
Em comunicado, o Conselho Supremo das Forças Armadas, máxima autoridade do país, ressaltou que deixará os quartéis para se dedicar somente a defender "a terra, o céu e o mar do Egito", como reivindicam ativistas e grupos políticos críticos ao atual papel de governo.
Os dirigentes militares divulgaram os próximos passos do período de transição: a suspensão do estado de emergência, a realização de eleições para a Câmara Alta do Parlamento, a redação de uma nova Constituição e a convocação de eleições presidenciais.
Fonte: folha.com

Ataque deixa ao menos três mortos no sul do Afeganistão

Ao menos três pessoas morreram nesta quinta-feira e outras 31 ficaram feridas em um atentado suicida na província de Helmand, reduto dos talebans no sul do Afeganistão, segundo informações das autoridades locais.
Entre os mortos, está uma criança, segundo Dawoud Ahmadi, o porta-voz do governador de Helmand, uma província onde 16 pessoas morreram e várias outras ficaram feridas em dois atentados em 18 de janeiro.
O ataque aconteceu pela manhã em um bazar próximo à Secretaria de Educação e a uma base das tropas estrangeiras no distrito de Lashkar Gah, disse o porta-voz. A explosão causou danos em carros que passavam e estavam estacionados nas proximidades.
Ahmadi afirmou que as investigações indicam que o alvo original do atentado, perpetuado por um homem dentro de um carro, era um veículo civil relacionado com a base das tropas em Lashkar Gah.
A província de Helmand é uma das mais conflituosas do Afeganistão e uma das fortificações dos insurgentes talebans, que prosseguem sua luta para derrubar o governo e expulsar as tropas estrangeiras presentes no país.
Fonte: folha.com