Governo Cristina Kirchner inicia medidas legais contra empresas que atuam no arquipélago
Janaína Figueiredo
Janaína Figueiredo
BUENOS AIRES - Depois de ter solicitado a um grupo de empresários locais que suspenda a importação de produtos britânicos, o governo da presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta quinta-feira a decisão de iniciar ações "administrativas, civis e penais" contra bancos, investidores, empresas de auditoria e serviços logísticos que trabalhem para companhias que realizem explorações de petróleo nas Ilhas Malvinas.
A medida foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman, faltando menos de um mês para o trigésimo aniversário da guerra entre os dois países.
- Sem a participação deste atores (o negócio do petróleo) não funciona - declarou o chanceler argentino.
A Casa Rosada, disse Timerman, "continuará defendendo esta causa porque o Reino Unido deve entender que é necessário cumprir as resoluções nas Nações Unidas, especialmente a 2065, que pede uma solução pacífica para esta disputa". O governo Kirchner argumenta que dada a existência de um conflito diplomático entre ambos os países, as licenças de exploração concedidas pelo Reino Unido são ilegais - e colocam as empresas que atuam no setor numa situação de ilegalidade.
- Vamos defender nossos recursos naturais no Atlântico Sul porque eles são propriedade do povo argentino - enfatizou o ministro.
De acordo com informações recolhidas pelo governo Kirchner, atualmente cinco companhias petrolíferas estão realizando explorações na região das Malvinas e contam com a colaboração de muitas outras empresas que fornecem serviços variados. As cinco empresas denunciadas publicamente pela Argentina são Falkland Oil Gas, Argos, Rockhopper, Desire e Borders and Southern.
Para lançar esta nova ofensiva e reforçar as pressões ao governo britânico, a Casa Rosada criou uma equipe de especialistas em assuntos jurídicos e energéticos, que já começou a trabalhar em possíveis ações judiciais contra algumas companhias.
- A Argentina só recorrerá a caminhos legais e da diplomacia - afirmou Timerman, reiterando que o governo Kirchner descarta enfaticamente qualquer tipo de ação bélica.
A defesa dos recursos naturais na região das Malvinas é hoje uma das principais bandeiras da Argentina. Segundo estimativas, as reservas de petróleo nas ilhas poderiam chegar a 6 bilhões de barris, o que permitiria à Argentina suspender as importações de combustíveis por um período de até seis anos.
- Hoje a Argentina importa 160 mil barris de petróleo por dia. Não podemos permitir uma apropriação ilegal de nossos recursos naturais - afirmou o presidente do Centro de Ex-Soldados Ilhas Malvinas (Cecim), Mario Volpe.
O governo das Malvinas alega que a exploração é feita dentro das milhas náuticas do arquipélago, estabelecidas para a indústria pesqueira local após a guerra. Além disso, as empresas acusadas pela Argentina não são britânicas, mas malvinenses, e os royalties são destinados às ilhas.
Fonte: O Globo/defesanet.com.brA medida foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman, faltando menos de um mês para o trigésimo aniversário da guerra entre os dois países.
- Sem a participação deste atores (o negócio do petróleo) não funciona - declarou o chanceler argentino.
A Casa Rosada, disse Timerman, "continuará defendendo esta causa porque o Reino Unido deve entender que é necessário cumprir as resoluções nas Nações Unidas, especialmente a 2065, que pede uma solução pacífica para esta disputa". O governo Kirchner argumenta que dada a existência de um conflito diplomático entre ambos os países, as licenças de exploração concedidas pelo Reino Unido são ilegais - e colocam as empresas que atuam no setor numa situação de ilegalidade.
- Vamos defender nossos recursos naturais no Atlântico Sul porque eles são propriedade do povo argentino - enfatizou o ministro.
De acordo com informações recolhidas pelo governo Kirchner, atualmente cinco companhias petrolíferas estão realizando explorações na região das Malvinas e contam com a colaboração de muitas outras empresas que fornecem serviços variados. As cinco empresas denunciadas publicamente pela Argentina são Falkland Oil Gas, Argos, Rockhopper, Desire e Borders and Southern.
Para lançar esta nova ofensiva e reforçar as pressões ao governo britânico, a Casa Rosada criou uma equipe de especialistas em assuntos jurídicos e energéticos, que já começou a trabalhar em possíveis ações judiciais contra algumas companhias.
- A Argentina só recorrerá a caminhos legais e da diplomacia - afirmou Timerman, reiterando que o governo Kirchner descarta enfaticamente qualquer tipo de ação bélica.
A defesa dos recursos naturais na região das Malvinas é hoje uma das principais bandeiras da Argentina. Segundo estimativas, as reservas de petróleo nas ilhas poderiam chegar a 6 bilhões de barris, o que permitiria à Argentina suspender as importações de combustíveis por um período de até seis anos.
- Hoje a Argentina importa 160 mil barris de petróleo por dia. Não podemos permitir uma apropriação ilegal de nossos recursos naturais - afirmou o presidente do Centro de Ex-Soldados Ilhas Malvinas (Cecim), Mario Volpe.
O governo das Malvinas alega que a exploração é feita dentro das milhas náuticas do arquipélago, estabelecidas para a indústria pesqueira local após a guerra. Além disso, as empresas acusadas pela Argentina não são britânicas, mas malvinenses, e os royalties são destinados às ilhas.
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