terça-feira, 31 de julho de 2012

MDA e CDN simplificam processo de titulação de terra em faixa de fronteira

O Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Conselho de Defesa Nacional (CDN), simplificaram o processo de titulação de imóveis rurais e urbanos situados em faixa de fronteira – área de 150 km paralela à linha divisória do território nacional. A portaria 52 de 2012 {criar link para portaria PDF no editor}, publicada na última quinta-feira, 26, acelera o processo de titulação do programa Terra Legal. http://www.mda.gov.br/portal/arquivos/view/portaria_52.pdf
Para o secretário extraordinário de Regularização Fundiária na Amazônia Legal, Sérgio Lopes, a simplificação chega em boa hora. “Estamos ampliando o trabalho de entrega de títulos rurais e urbanos pelo Terra Legal, e agora é possível dinamizar a regularização fundiária nas glebas federais dentro da faixa de fronteira”, destacou.
Com a mudança, o processo de autorização do CDN é simplificado, sendo possível, inclusive, o consentimento de glebas inteiras. Antes, a permissão do conselho era dada processo a processo, o que exigia o trâmite de um grande volume de documentos em Brasília. Com as alterações, o CDN pode autorizar o repasse de áreas da União a agricultores e municípios, de forma totalmente digitalizada, com consulta aos dados disponibilizados pelo Terra Legal.
O coordenador do Terra Legal no Acre, Antônio Branã, acredita que agora o programa tem a condição de avançar ainda mais no estado. “A portaria acelera o procedimento de emissão do título, ao eliminar a necessidade de fazer cópias individuais de cada processo. Agora só precisamos enviar ao Conselho de Defesa Nacional a relação dos ocupantes e o georreferenciamento da gleba”, frisou Branã. O coordenador salientou que, no Acre, grande parte das áreas onde o programa está atuando se encontram dentro da faixa de fronteira.
Em Rondônia – estado onde o programa Terra Legal mais emitiu títulos – já está em curso os preparativos para uma grande ação de emissão de títulos em glebas dentro da faixa de fronteira, na região BR-429 – fronteira do Brasil com a Bolívia. O chefe de divisão no estado, Francisco Salles, afirma que a expectativa é emitir títulos para mais de 1,5 mil famílias. “Com a mudança e simplificação no procedimento, vamos preparar uma grande força-tarefa nos municípios de Presidente Médici, Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco do Guaporé e Costa Marques, na fronteira com a Bolívia”, revelou.
Programa Terra Legal Amazônia
Criado em 2009 e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Programa Terra Legal Amazônia tem como meta resolver os problemas de regularização fundiária na Amazônia Legal. Seu objetivo é a regulamentação de terrenos ocupados por posseiros em terras públicas federais, chamadas de “não destinadas”. Incluem-se nessa classificação aquelas que não sejam consideradas reservas indígenas, unidades de conservação, marinha, locais reservados à administração militar e florestas públicas.
Produtores da agricultura familiar e comunidades locais têm prioridade no atendimento do Terra Legal. Os benefícios do programa são diversos, com destaque para a redução do desmatamento e o aumento da produtividade dos agricultores familiares. Ao receber o título de posse do terreno, o dono se compromete a cumprir os requisitos legais, como a manutenção da área de preservação permanente ou a reflorestar a área desmatada.
Fonte: O NORTÃO

Nota SAEI: Houve a publicação da PORTARIA Nº 52, DE 25 DE JULHO DE 2012, que dispõe sobre os procedimentos administrativos para a solicitação de assentimento prévio ao Conselho de Defesa Nacional - CDN, para regularização fundiária de ocupações rurais e urbanas localizadas na faixa de fronteira da Amazônia Legal. Acredita-se que o procedimento ali estabelecido possibilitará manifestações técnicas e jurídicas mais céleres e fundamentadas pelo MDA, possibilitando a devida manifestação desta Secretaria, em virtude do suporte técnico e jurídico ao Conselho de Defesa Nacional.

Programa “Forças no Esporte” vai aumentar participação nas fronteiras do país

Brasília - Crianças e adolescentes moradores de municípios da faixa de fronteira do Brasil serão beneficiados, no próximo ano, com as ações do Programa Forças no Esporte (Profesp). O aumento da atuação da iniciativa nessas áreas atende a determinação do Ministério do Esporte. Nesta quarta-feira (25), os coordenadores do projeto se reuniram no Ministério da Defesa (MD) para tratar do assunto.

Na abertura do encontro, o secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do MD, almirante-de-esquadra Julio Saboya de Araujo Jorge, lembrou que o programa já atende a algumas regiões fronteiriças, como é o caso de São Gabriel da Cachoeira (AM). “[Nesse município] Se não está implantado ainda, vai entrar em funcionamento agora no segundo semestre com cem meninos. A partir do ano que vem teremos meninas também.”

De acordo com o almirante, porém, é preciso ter cautela quanto à implementação do Forças no Esporte nas áreas isoladas do Brasil. O oficial alertou que para o projeto ser implementado, as regiões devem cumprir três exigências básicas: possuir escola, ter uma organização militar com estrutura para receber as crianças e disponibilizar profissionais qualificados para trabalhar com desporto infanto-juvenil.

Em seguida, a reunião ficou a cargo do presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, general-de-divisão Fernando Azevedo e Silva, que enalteceu o trabalho realizado pelo programa. “O Forças no Esporte tem um apelo muito bom.” O general explicou que o Ministério do Esporte já fez levantamento das localidades que possuem estruturas escolar próximas à aérea de fronteira onde estão situadas organizações da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Neste primeiro encontro de coordenação do programa de 2012, estiveram presentes representantes do Estado-Maior da Armada, do Comando de Operações Terrestres do Exército, do Estado-Maior da Aeronáutica, além de coordenadores do programa e integrantes do Esporte.

Dados

O gerente do programa, coronel Augusto Cesar Amaral, apresentou o balanço da iniciativa e expôs as metas de trabalho para o triênio 2013/2015. Este ano, o cronograma de atividades do projeto vai de julho a dezembro.

Ao todo, são cerca de 11 mil beneficiados de 7 a 17 anos em 58 municípios brasileiros, que contam com a estrutura de 85 organizações militares (10% no Norte, 25% no Nordeste, 19% no Sul e 27% no Centro-Oeste). A meta para os próximos anos é fazer o programa chegar a 80 a 100 mil pessoas.

A previsão para o início da ação nas fronteiras é em março de 2013. A pasta do Esporte deve investir mais de R$ 13 milhões para a melhoria de infraestrutura das unidades militares que receberão o programa.

Forças no Esporte

O Profesp é uma iniciativa voluntária desenvolvida pelo Ministério da Defesa, com o apoio das Forças Armadas e com recursos dos Ministérios do Esporte e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Somente este ano, o Esporte disponibilizou mais de R$ 2 milhões para a compra de material esportivo e contratação de profissionais e o MDS contribuiu com 4 milhões para auxílio alimentação dos meninos e meninas.

Desde 2003, o projeto tem beneficiado crianças, jovens e adolescentes que vivem em área de vulnerabilidade social. O objetivo da iniciativa é promover a integração social e a saúde; prevenção à doença, à marginalidade e à violência, por meio de atividades físicas e de lazer.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)

Ministério da Defesa

A Força Aérea colombiana se une ao Red Flag 2012

Claudia Sánchez-Bustamante

Os céus de Nevada têm assistido a uma grande movimentação de aeronaves militares desde o início do exercício Red Flag 2012 da Força Aérea dos EUA, em 16 de julho. Grande parte disto deve-se à participação dos Kfirs da Força Aérea Colombiana (FAC), que vieram de longe para o exercício pela primeira vez.
O Red Flag é um exercício realista de treinamento de combate entre as forças aéreas dos Estados Unidos e suas nações parceiras. O exercício é organizado na Base da Força Aérea em Nellis, Nevada, e realizado ao norte de Las Vegas no Campo de Testes e Treinamento de Nevada, uma área de treinamento militar com mais de 31 mil quilômetros quadrados de espaço aéreo e um terreno com quase 12 mil quilômetros quadrados.
Para a Colômbia, o Red Flag representa uma grande oportunidade que o país tem de demonstrar o alto nível de profissionalismo e aptidão de sua instituição em cada uma das missões de treinamento, que incluem interdição aérea, busca e resgate em combate, grande apoio aéreo, alvos dinâmicos e combate aéreo defensivo, três anos depois de a FAC ter sido reconhecida pela Força Aérea dos EUA (USAF) por sua capacidade de desempenhar operações aéreas em situações complexas.
“O fato de estarmos aqui finalmente é um sonho que se torna realidade. Isto é algo no qual os generais pensaram quando eles ainda eram tenentes e capitães e agora nós estamos vendo os novos tenentes e capitães realizando o nosso desejo. A oportunidade de trabalhar em nossa interoperabilidade com a USAF e de aperfeiçoar as nossas táticas e habilidades tem sido incrível”, disse o Brigadeiro da FAC, Carlos Bueno.
O Red Flag 2012 também permitiu aos pilotos colombianos mostrar sua prontidão de alto nível com os Kfirs (palavra que significa leão em hebraico) da FAC , que executam suas manobras contra alguns dos maiores da aviação mundial: os F-15 e os B1 dos Estados Unidos e os F-16 dos Emirados Árabes Unidos.
“Outros participantes do exercício Red Flag 2012 incluem os F-15Cs da base da Força Aérea Real do Reino Unido em Lakenheath; os F-16s dos Emirados Árabes Unidos e aeronaves dos EUA da Base Aérea Moody na Georgia; Base Conjunta Andrews, em Maryland; Base Aérea Nellis, em Nevada; Estação Aérea dos Fuzileiros Navais em Cherry Point, na Carolina do Norte; Base Aérea Tinker, em Oklahoma; Base Aérea Ellsworth, em Dakota do Sul; Base Aérea Hill, em Utah; e Base Aérea Fairchild, em Washington.”
O campo de treinamento conta com 1.900 possíveis alvos, sistemas reais de ameaças e uma força inimiga adversária que não pode ser reproduzida em nenhum outro lugar do mundo, segundo a USAF. “Nellis e o Campo de Testes e Treinamento de Nevada são cenário de um ‘um campo de batalha pacífico’, permitindo que as forças aéreas de combate possam treinar para lutar juntas, sobreviver juntas e vencer juntas”.
O 414º Esquadrão de Treinamento de Combate da USAF é responsável pela execução do Red Flag, onde mais de 70 aeronaves decolam da base à tarde e novamente à noite, até o encerramento do exercício, no dia 27 de julho.
Os protocolos de logística tanto de pessoal como de manutenção para cada nação participante foram padronizados em níveis internacionais, o que permitiu que a prontidão do plano de voo de cada aeronave fosse mantida para as missões diurnas e noturnas que lhe foram designadas. Os encarregados da manutenção da FAC trabalharam estreitamente com os assessores da USAF durante o ano que passou, para aprender os procedimentos padrões dos planos de voo da USAF, que agora se estão tornando os padrões colombianos também.
O Coronel Hans Palaoro, Chefe da Missão da Força Aérea dos EUA, Grupo Militar na Colômbia, disse: “Para nós, o que conta realmente é a nossa interoperabilidade. Nós queremos ter fortes Parceiros Essenciais Globais no mundo inteiro e a Força Aérea da Colômbia mostrou que estão dispostos e são capazes de ser um deles.

Durante a sua preparação para o RED FLAG, eles aprenderam e adotaram o padrão internacional da NATO para Abastecimento Aéreo (o qual obviamente é usado pela USAF), fazendo com que a interoperabilidade dos navios-tanques seja uma realidade; eles adotaram os padrões de planos de voos da USAF e regras de treinamento ar para ar, demonstrando verdadeiramente a sua capacidade de operar conosco de forma segura e muito eficaz – totalmente integrados – no maior e mais difícil exercício de emprego de força do mundo. Eu estou muito orgulhoso do que eles fizeram e isto representa o começo de uma nova fase em nosso relacionamento, que já é muito forte.”
Desde a sua criação em 1975, 28 países já se uniram aos EUA nesses exercícios, e vários outros participaram como observadores. Colômbia é agora o 29º pais no Red Flag, que possibilita treinamento para mais de 440 mil militares, incluindo mais de 145 mil tripulantes que fazem mais de 385 mil decolagens e acumulam mais de 660 mil horas de voo.
Esta batalha simulada no céu sobre o Campo de Testes e Treinamento de Nevada já trouxe resultados que aumentam a capacidade das forças armadas em qualquer situação de combate.

Fonte: Dialogos/defesanet.com.br

Capital privado reforça poderio do exército chinês

 

Os investidores privados chineses terão mais possibilidades para investir na indústria de defesa do país, informou o jornal China Daily citando a resolução do Comité da Ciência, Tecnologia e Indústria de Defesa da RPC e da Direção Geral de Armamento do Exército de Libertação Popular da China (ELP).

O ELP não se pode queixar de falta de financiamento. Nos últimos tempos, o orçamento de defesa aumentou anualmente em mais de 10%, tendo este ano, o aumento da despesa com a defesa sido de 11%. Os gastos da China com a defesa continuam a crescer mais que o PIB. Pequim continua a considerar como prioritário o aumento do poderio militar do ELP, não só não olhando a despesas como também buscando novas fontes de financiamento dos programas de defesa. Desse ponto de vista, é bastante lógico o nivelamento dos direitos dos investidores privados relativamente às empresas estatais que trabalham no setor da defesa.
Agora as empresas privadas terão o direito a participar na conceção e fabrico de armamento, assim como na restruturação das empresas de defesa estatais. Mais tarde será elaborada a lista do armamento em cuja conceção e produção poderão ser utilizados os meios de investidores privados. Entretanto, a resolução ressalva que o acesso a esse setor só estará aberto a investidores da China continental. Até agora eles só podiam fornecer componentes e alguns materiais à indústria de defesa sem participar nos grandes projetos.
Neste momento a China tem em curso uma série de projetos importantes que incluem a criação de novos aviões de combate, a construção de porta-aviões e outros navios de guerra, o desenvolvimento do programa espacial e o reforço das capacidades do exército na guerra moderna das informações com a ajuda de redes informáticas. O acesso do capital privado à indústria de defesa dará ao ELP capacidades acrescidas para um rearmamento tecnológico, considera o perito militar russo Igor Korotchenko:
“É evidente que na nova etapa de desenvolvimento se irão abrir as portas para que o capital privado possa se associar ao cumprimento das tarefas mais importantes da defesa nacional. É preciso sobretudo ter em conta que a exportação de armamento chinês está a crescer de forma ativa em todos os segmentos. Os novos investimentos irão permitir desenvolver as melhorias militares para atribuir ao ELP capacidades acrescidas para a projeção de força e defesa dos interesses nacionais do Império Celestial.”
Segundo os peritos da empresa de análises estadunidense IHS Jane’s, nos próximos cinco anos o orçamento de defesa da China irá duplicar. A análise foi efetuada sem considerar os investimentos privados: se trata só dos gastos com a defesa a serem aprovados. As despesas chinesas com a defesa irão aumentar à medida que Pequim for modernizar os seus caças e outro material militar. Os peritos associam o aumento das despesas com a crescente atividade militar dos EUA na Região da Ásia e Pacífico (RAP) o que, na opinião da China, ameaça os seus interesses estratégicos.

Fonte: Voz da Rússia/defesanet.com.br

Marinha do Brasil recebe novas aeronaves

MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA DE AERONÁUTICA DA MARINHA

Rio de Janeiro, em 30 de julho de 2012.

Marinha do Brasil recebe novas aeronaves

Chegaram, hoje, dia 30 de julho, ao Aeroporto Internacional de Cabo Frio, os dois primeiros Helicópteros MH-16 “Seahawk” da Marinha do Brasil (MB).

Os helicópteros vieram desmontados, transportados por aeronave da Força Aérea Norte Americana (C-17). Após serem montados, serão conduzidos, em vôo, por pilotos da empresa Sikorsky Aircraft Corporation, para a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, onde permanecerão em testes finais de aceitação. A incorporação definitiva à Força Aeronaval ocorrerá por ocasião do aniversário da Aviação Naval, em 23 de agosto.

Essas aeronaves foram adquiridas junto à empresa Sikorsky, de um lote de seis helicópteros, mediante acordo celebrado em maio de 2008 com o Governo dos Estados Unidos da América, e irão substituir os SH-3A/B “Seaking”, que prestaram bons serviços por mais de 40 anos.

As novas aeronaves MH-16 pertencerão ao Primeiro Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino e serão empregadas em proveito das Forças Navais, na “Amazônia Azul”, com a capacidade de realizar tarefas de detecção, localização, acompanhamento, identificação e ataque a alvos de superfície e submarinos, além de ações de busca e salvamento.

O MH-16 possui características estruturais e de projeto que lhe conferem maior robustez, resistência e confiabilidade, tais como: redundância dos sistemas de controle de voo e sistemas hidráulicos; e tolerância balística das pás do rotor principal para calibres de até 20 mm. Seus equipamentos aviônicos e sensores são última geração e podem ser armados com Metralhadora Lateral, Torpedos Anti-Submarino e Míssil Anti-Navio.
Fonte: Defesanet.com.br

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mercosul começa a definir amanhã em Brasília adesão da Venezuela

Brasília, 29 jul (EFE).- Técnicos do Brasil, da Argentina, do Paraguai e da Venezuela começam a definir nesta segunda-feira em Brasília os processos técnicos e os prazos da adesão do país caribenho ao Mercosul, que será oficializada no dia seguinte em uma cúpula extraordinária do bloco regional, informaram neste domingo fontes oficiais.
A Cúpula de terça-feira dos presidentes do Mercosul e da Venezuela para atestar politicamente a entrada desta última no bloco será precedida por uma reunião de técnicos dos quatro países, na manhã de segunda-feira, e por uma de chanceleres à tarde, disseram neste domingo à Agência Efe fontes da Chancelaria brasileira.
'A reunião dos ministros de Relações Exteriores será informal, mas a dos técnicos começará a definir o processo formal de integração da Venezuela ao Mercosul', segundo a fonte consultada.
Na reunião de diplomatas será negociada uma agenda e uma metodologia para o grupo de trabalho criado para definir os aspectos técnicos do programa de libertação comercial que a Venezuela iniciará até chegar a um livre-comércio com os demais países do Mercosul.
Entre os temas que o grupo de trabalho terá que definir também está uma nomenclatura comum, já que a Venezuela ainda usa para seu comércio a nomenclatura da Comunidade Andina de Nações(CAN), bloco que deixou em abril de 2011.
Também serão negociados os prazos em que a Venezuela irá adotar a Tarifa Externa Comum (AEC, na sigla em espanhol) com a qual os membros do Mercosul taxam as importações procedentes de países de fora do bloco.
Outro assunto a ser negociado pelo grupo técnico é a lista de produtos que a Venezuela poderá excluir da AEC, ferramenta a cada país tem direito, segundo suas necessidades, e que no caso da Argentina e do Brasil é de até 200 itens.
Segundo versões da imprensa, a Venezuela aspira a ter inicialmente amplas listas de exceção para poder proteger setores industriais que precisam de um tempo para alcançar a competitividade que os países do Mercosul representam.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, apesar de que os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner; Uruguai, José Mujica, e Venezuela, Hugo Chávez, devem chegar a Brasília na segunda-feira, a cúpula só começará às 09h45 de terça-feira, quando os três serão recebidos pela presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
Após o encontro, os presidentes posarão para uma foto oficial e participarão de um almoço.
Na cúpula do Mercosul de 29 de junho, na cidade argentina de Mendoza, os presidentes do Brasil, da Argentina, e do Uruguai aprovaram a suspensão temporária do Paraguai do bloco por questionar o processo de cassação de Fernando Lugo como presidente do país.
Da mesma forma, deram sinal verde à entrada oficial da Venezuela no Mercosul, que tinha sido aprovada há vários meses mas estava retida no Senado paraguaio.

Fonte: G1/EFE

Aviones espías usados en Afganistán vigilan frontera con México

Polémico y millonario programa tiene influyentes amigos en el Congreso de Estados Unidos


Los aviones no tripulados utilizados con frecuencia en Afganistán y Pakistán, son la nueva herramienta del Departamento de Seguridad Nacional (DHS) para asegurar la frontera con México.

El programa tiene influyentes amigos en el Congreso, pero ha generado preocupaciones entre distintos sectores, incluyendo algunos patrulleros fronterizos y defensores de los derechos civiles.

Desde un centro de operaciones en Corpus Christi, Texas, Scott Peterson dirige las operaciones en el Golfo de México y la frontera terrestre desde la boca del Rió Grande hasta El Paso.

¿Qué opina de la política de seguridad fronteriza del gobierno de Obama? Participe en el Foro de Inmigración.

Naves con siete ojos

“Buscamos cualquier cosa que está entrando a Estados Unidos, sean personas, contrabando, narcóticos, armas, paso de dinero, cualquier cosa,” dice Peterson, un agente de la Oficina de Aire y Marina.

El equipo de Peterson opera dos drones tipo Predator. Estos aviones no están armados con misiles, pero si llevan la más avanzada tecnología de vigilancia.

Cada uno tiene siete cámaras, un poderoso zoom y sensores infrarrojos capaces de localizar a vehículos y personas desde una altura de 20 mil pies.

Uno de los drones está equipado con un especial radar marítimo -el primer modelo de este tipo en el mundo- para monitorear las rutas del narcotráfico.

Fantasmas del desierto

Por estas capacidades de espionaje, los contrabandistas que operan ilegalmente en la zona se refieran a los drones como fantasmas, dice Peterson.

El Departamento de Seguridad Nacional (DHS) actualmente tiene nueve aviones no tripulados divididos entre bases en Arizona, Florida, Dakota del Norte y Texas. Cada uno de ellos cuesta alrededor de $20 millones, lo que ha significado una inversión por encima de los $250 millones en los últimos seis años.

Uno de los más influyentes impulsores del programa es el congresista Demócrata Henry Cuellar (Texas).

“Aquí esperamos que esto va ser no no más para la frontera que tenemos en Texas,” dice Cuellar. “Esperamos un tiempo donde se van a usar mas estos drones en México también”.

Caucus del Drone

Cuellar es uno de los presidentes del Caucus de Sistemas no Tripulados, o Drone Caucus, un grupo de 60 congresistas en la Cámara de Representantes. Su misión es informar a los demás miembros del Congreso sobre el valor estratégico de los drones y apoyar la adquisición de estos sistemas.

General Atomics es el fabricante de los drones utilizados por el Departamento de Seguridad Nacional (DHS). En los últimos dos años la compañía ha donado más de $200 mil a miembros del Drone Caucus, incluyendo unos $7 mil al congresista Cuellar, según un análisis de Univision utilizando información del Center for Responsive Politics.

Cuellar dice que el recibe contribuciones de dinero de muchas personas, organizaciones y empresas, incluyendo Univision, pero que estas donaciones no influyen sobre sus decisiones en el Congreso.

“Si estamos hablando ahora de las compañías de General Atomics, o otra compañía, vamos a ver que es la mejor decisión para el país. Si yo creo que los drones es una manera de asegurar la frontera, voy a apoyar esto,” afirma Cuellar.

Programa en la mirilla

Pero no todos ven el programa como un éxito.

Datos oficiales indican que el año pasado, los drones contribuyeron a menos del uno por ciento de las 340 mil detenciones y casi 5 millones de libras de drogas incautadas por oficiales en la frontera.

“Si nos basamos en los números que se reportan, los agentes hacen más detenciones, capturan mas droga en un año que todo el programa de los drones en los últimos 3 o 4 años,” dice Sergio Moreno, un oficial del Consejo Nacional de Patrulla Fronteriza, un sindicato de patrulleros.

El programa también fue criticado por una auditoría interna del departamento que recomienda congelar la compra de mas aviones no tripulados hasta no contar con suficiente equipo de mantenimiento y un sistema para cobrarle a otras agencias federales, como el FBI y la DEA, las misiones que se realizan para ellos.

Para Scott Peterson, uno de los más grandes obstáculos son las condiciones del tiempo, pues los fuertes vientos de la zona han postergado o cancelado la mitad de sus misiones.


Más en Univision.com: http://noticias.univision.com/univision-investiga/investigaciones/article/2012-07-28/aviones-espias-vigilan-frontera-con-mexico#ixzz229WE2l5n

Assembleia Geral da ONU vai debater comércio de armas



A tentativa de desenvolver medidas uniformes para prevenir o tráfico de armas é praticamente impossível porque a indústria está, antes de tudo, ligada à grande política. Foi assim que peritos russos comentaram a ausência de resultados na Conferência da ONU sobre a elaboração de um tratado internacional de comércio de armas.

As negociações exaustivas sobre a regulamentação do mercado mundial de armamentos duraram quatro semanas. Nelas participaram delegações de 193 países e, por insistência dos EUA, o documento deveria ser aprovado por unanimidade. É por isso que os especialistas inicialmente reagiram à possibilidade de adoção de medidas comuns com bastante ceticismo. Afinal, com este procedimento, a posição de qualquer país se torna decisiva, e todos têm interesses muito, muito diferentes.
Na conferência, os Estados Unidos, por exemplo, exigiram que o futuro acordo tivesse em conta o direito garantido dos americanos de usar armas. Os EUA, a China, a Síria, o Irã e o Egito ainda exigiram excluir do documento qualquer menção à proibição do comércio de munições.
A Rússia, por sua parte, insistiu desde o início que o acordo apenas regulamentasse a venda de armas leves. Alguns países ocidentais achavam que a lista deveria também incluir armas pesadas. A Rússia propunha conceder o direito de celebrar contratos de fornecimento de armas apenas a entidades estatais. Os Estados Unidos e vários países ocidentais acharam essa posição inaceitável. Eles defendem os seus interesses na Síria, disse o perito Vladimir Evseev:
“A introdução de uma proibição à venda de armas através de entidades não-estatais dificultaria extremamente a ajuda à oposição síria armada. Afinal, ela é amplamente apoiada por mercenários, cujo número chega a cerca de seis mil. Como fornecer-lhes armas se houver uma proibição de fornecimento de armas através de entidades não-governamentais? Deste ponto de vista é perfeitamente compreensível o desejo de bloquear a iniciativa.”
O projeto do tratado sobre o comércio internacional de armas foi transferido para a Assembleia Geral. É ela que agora vai determinar os passos seguintes para a sua adoção. Os EUA já anunciaram a necessidade de uma pausa de um ano. A proposta de adiar a questão foi apoiada pela Rússia e pela China.

FONTE: Voz da Rússia/Poder Terrestre

O comandante do Corpo de Fuzileiros Navais brasileiro aumenta a cooperação com os EUA

Claudia Sánchez-Bustamante

Conquistar o direito de sediar os Jogos Olímpicos de Verão em 2016 significa não apenas que, pela primeira vez, uma nação sul-americana foi escolhida para isto, mas também que o gigante da América do Sul tem uma enorme responsabilidade nos próximos quatro anos. Afinal de contas, em seus preparativos para também sediar a Copa do Mundo de 2014, milhões de pessoas de todo o mundo virão em bando para o país do samba para testemunhar esses eventos, e sua segurança será amplamente examinada.
Consciente disto, o atual governo brasileiro empreende uma estratégia nacional de defesa para modernizar e expandir suas forças, visto que se espera que as Forças Armadas do Brasil desempenhem um papel vital durante os preparativos do país para receber tais eventos.
A fim de criar parcerias mais fortes com um colaborador de longa data, o Brasil e os Estados Unidos vêm procurando reforçar suas parcerias em muitas áreas, incluindo equipamentos, tecnologia e cooperação para segurança.
No dia 23 de junho, o Almirante Marco Antônio Corrêa Guimarães, comandante do Corpo de Fuzileiros Navais brasileiro, visitou os Estados Unidos durante uma semana, o que incluiu visitas agendadas a locais-chaves, tais como a sede do Corpo de Fuzileiros Navais Sul dos EUA (MARFORSOUTH), no Comando Sul dos EUA em Miami, Flórida; a Base de Logística do Corpo de Fuzileiros Navais, em Albany, Geórgia; a II Força Expedicionária do Corpo de Fuzileiros Navais, em Camp Lejeune, Carolina do Norte; o Comando de Desenvolvimento de Combate do Corpo de Fuzileiros Navais (MDCCDC), em Quantico, Virgínia; e o quartel-general do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e as Fortalezas dos Fuzileiros Navais , 8ª & I, em Washington, D.C.
O Contra-Almirante John Croley, comandante do MARFORSOUTH, estendeu o convite ao Almirante Guimarães para que ele visitasse a Costa Leste do país. Entre essas visitas, o veículo anfíbio remodelado e a linha de manutenção em Albany, Geórgia, onde o almirante pôde constatar a capacidade de tais veículos. Os pontos altos da visita incluíram uma visão aérea de Camp Lejeune a bordo das aeronaves UH-1Y “Venom” e MV-22 “Osprey”; discussões mais aprofundadas sobre manutenção e operações de veículos anfíbios, além da participação na tradicional Parada Sunset Evening, nas Fortalezas dos Fuzileiros Navais, 8ª & I, em Washington, D.C.
“O Brasil é um país parceiro estratégico na região, e o Corpo de Fuzileiros Navais brasileiro tem sido importante na contribuição para a segurança internacional, como mostrou seu apoio às operações de manutenção da paz no Haiti e no Líbano”, disse o Contra-Almirante Croley.
Esta visita reforçou os laços entre o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (USMC) e o Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, apoiando uma expansão dos atuais compromissos para a cooperação em segurança com a nação sul-americana.
“A visita representou a vontade de [continuar a] criar laços mais fortes e maior cooperação entre os exércitos do Brasil e dos Estados Unidos, o que beneficiará ambas as instituições e seus países, além de reforçar as relações positivas que os dois países já mantêm”, disse o comandante Alexandre Silva, da Marinha brasileira, que acompanhou o Almirante Guimarães em sua viagem.

País como uma das ‘maiores indústrias de defesa’ é mito persistente



DE SÃO PAULO

Um mito persistente, que dá voltas pela internet e às vezes pousa até na imprensa, é afirmar que o Brasil já teve uma das maiores indústrias de defesa do mundo.
Mesmo o Livro Branco de Defesa Nacional diz que a base industrial de defesa representou, há 30 anos, “importante segmento econômico, com relevante contribuição para a balança comercial”.
De 1980 a 1992, o Brasil esteve em todos os anos, exceto 1981, entre os 20 maiores exportadores de armas, chegando à sua melhor colocação, o 10º lugar, em 1985. Depois de 1992, o país caiu fora da lista dos 20 maiores e não retornou desde então.
Pelas tabelas do Sipri, o recorde brasileiro de vendas foi em 1984, de US$ 269 milhões, o que colocou o país em 11º entre os exportadores. Naquele mesmo ano, a então União Soviética vendeu o equivalente a US$ 14 bilhões; os EUA, US$ 11 bilhões.
Em 1985, o ano em que o Brasil foi o 10º maior exportador, os números são US$ 202 milhões. Até a pequena Áustria vendeu mais armas nesse ano: US$ 330 milhões.
As exportações de armas brasileiras se concentraram na Engesa, fabricante de blindados como o Urutu e o Cascavel (que deverão ser substituídos no Exército pelo novo Guarani), na Embraer e, em menor grau, na Avibrás.

A Embraer é hoje a principal exportadora na área militar do país, com produtos como os aviões de treinamento e ataque leve Tucano e Super Tucano e as versões de avião-radar do EMB-145.
Com o fim da Guerra Fria, muito material bélico usado pode ser comprado a preços relativamente baratos. Sem uma política sustentada de compras pelas Forças Armadas, não há como atrair as indústrias brasileiras para voltar a produzir armamento.
‘AMEAÇA’
Para Carlos Frederico Aguiar, que preside a Abimde, as ações do governo para consolidar sua base industrial de defesa são vistas “como ameaça” pelos principais produtores do mundo, o que mostra que o Brasil “poderá vir a ser um competidor a mais”.
Aguiar, também presidente da Condor, com sede no Rio, comentou a foto publicada pela Folha em 23 de julho com um menino sírio segurando bomba de gás lacrimogêneo da sua empresa lançada pela polícia turca.
“A foto demonstra que a Turquia, diferentemente de países como Líbia e Síria, vem adotando soluções de uso diferenciado e proporcional da força, conforme orientação da ONU, de maneira a preservar a vida e os direitos humanos.”

FONTE: Folha de São Paulo

Globalmente, luta por vaga no Conselho de Segurança da ONU

 
 
Por Flávia Barbosa

WASHINGTON. O palco das relações internacionais reserva ao Brasil o papel de porta-voz das nações do Sul emergente e em desenvolvimento nos principais fóruns de decisão política e econômica, na avaliação de brasilianistas ouvidos pelo GLOBO. A tradição diplomática, a liderança na América do Sul, a influência na América Central e na África, o crescimento econômico e a inclusão social dos últimos anos, além da reaproximação com os EUA, credenciam o país como ator relevante nas principais arenas globais - o que inclui a possibilidade de concretizar o maior projeto de política externa do Brasil, um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

- São 200 milhões de pessoas, uma economia em expansão, um fornecedor de matéria-prima essencial e um cliente importante do mercado internacional. O Brasil é um ator que precisa ser ouvido - afirma Thomas Trebat, do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Columbia, em Nova York.

Para Albert Fishlow, professor emérito da mesma instituição, o governo Dilma Rousseff está operando uma gradual mudança de foco na política externa, com peso maior para o engajamento econômico. Isso recolocou a relação com os EUA em perspectiva positiva - e são provas disso as visitas oficiais de Barack Obama e Dilma e a busca de parcerias estratégicas em educação, ciência e tecnologia. As vitórias recentes do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra americanos e europeus também reforçam o potencial natural do país.

Brasil busca estratégia mais equilibrada


Fishlow avalia que, ao abandonar o ímpeto de aprofundamento restrito das relações Sul-Sul, o Brasil "está se movendo na direção de ter uma estratégia mais equilibrada", o que deverá render frutos políticos e consolidar o país como um interlocutor com as nações ricas:

- O Brasil está numa posição única, por causa da relação comercial histórica com os EUA e com a Ásia, especialmente tendo a China como principal parceiro comercial. É uma posição especial, que tende a reforçar a presença internacional do Brasil, como vemos no G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo).

Trebat acrescenta que, no atual estágio de economia globalizada, a relevância brasileira já é uma realidade:

- O mundo era G-8 e agora é G-20, e o Brasil é um dos outros 12. De comum acordo, é um país que pertence a esta mesa. As grandes discussões levam sempre o Brasil em consideração? Não. Obama e Angela Merkel (chanceler da Alemanha) ouvem o Brasil sempre? Não. Mas a posição brasileira, em cada reunião de ministros e chefes de Estado, influencia a pauta e as decisões? Sim.

O alicerce brasileiro é a América do Sul. Ainda que a posição brasileira não seja vista necessariamente com bons olhos, a liderança do país é inconteste. Foi o Brasil, diz Fishlow, que fez o esforço de união da região no início do anos 2000, como preparação para a negociação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Além disso, destaca Trebat, o país é a referência regional de desenvolvimento.

- O Brasil não precisa ter um só avião, um só fuzil, um só marinheiro para ter uma influência sobre a região inteira. O Brasil lidera pelo exemplo - diz Trebat, que estende à América Central o alcance brasileiro.

Relação com África é positiva


Trebat diz que a ligação com a África, a partir dos países de língua portuguesa, é outra vantagem. Ainda que China e Índia invistam mais no continente, o Brasil tem uma ampla presença diplomática - segundo especialistas, a rede de 35 embaixadas é a maior - e é visto como aliado, não como explorador. Fishlow lembra que é estratégica para o Brasil a aproximação com a África do Sul, admitida no Brics e parceira, com a Índia, no Ibas.

- Os africanos veem no Brasil um país que respeita e representa seus valores e interesses em fóruns - salienta Trebat.

No entanto, há um longo caminho a percorrer para o Brasil se tornar uma nação dominante. Ainda é preciso um engajamento em questões como as do Oriente Médio, o que passa pela flexibilização do entendimento sobre a intervenção em assuntos domésticos, que pauta a posição brasileira em casos como os da Líbia e da Síria.

Mas Fishlow acredita que a disposição do Brasil de fazer contribuições maiores às Nações Unidas, como no Haiti, e o maior apreço dos EUA pela diplomacia multilateral após a guerra do Iraque, em 2001, favorecem a ascensão do Brasil ao Conselho de Segurança:

- Há espaço para a extensão do Conselho e para o Brasil chegar a um acordo com Japão, Alemanha, Índia, África do Sul, sobre esse espaço.

No campo econômico, o desafio é interno. Sexta maior economia do mundo, o país tem desigualdades, infraestrutura deficiente e escassez de recursos humanos, devido à educação precária. Sem resolver essas questões, o país não se tornará uma potência relevante como a China.

- Acho um simbolismo importante que o Brasil, ainda que por outras causas, em vez de comprar caças, esteja investindo em mandar cem mil brasileiros para estudar em centros de matemática e ciência no exterior - pondera Trebat.

Fonte: O Globe/Defesanet.com.br

PEF- Brasil fecha acordos com países vizinhos para controlar criminalidade

O  Brasil tem firmado acordos de cooperação com países fronteiriços para o monitoramento e à intensificação da vigilância. Em março deste ano, por exemplo, durante o Encontro dos Ministros da Justiça Íberoamericanos, em Buenos Aires, Brasil, Argentina, Espanha e Portugal traçaram estratégias comuns de combate ao tráfico de pessoas.

No mesmo mês, com a Bolívia, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo assinou uma série de acordos para o combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado. Entre eles, parceria que vai capacitar policiais que atuam na fronteira e o compartilhamento, por parte do governo brasileiro, da tecnologia dos laboratórios de combate à lavagem de dinheiro (LAB-LD). O Brasil possui hoje 15 laboratórios de enfrentamento a este tipo de crime, que movimenta cerca de US$ 1,5 trilhão por ano em todo o mundo. Compartilhado com a Bolívia, o laboratório será de grande utilidade no combate às quadrilhas de tráfico de drogas, que se utilizam de diversos meios para “lavar” o dinheiro obtido com o comércio ilegal.

Em maio, a presidenta da República Dilma Rousseff e o presidente uruguaio José Mujica assinaram acordos de cooperação. Entre os principais, a modernização e capacitação das instituições policiais e do sistema penitenciário, combate aos crimes transnacionais e controle de fronteiras. A parceria com os uruguaios reforça o que vem sendo defendido pelo governo federal nos últimos meses, que uma das prioridades é o enfrentamento ao crime organizado e a redução da violência não só Brasil e nas regiões de fronteira, mas em toda a América do Sul.

“É preciso ter claro que não estamos falando de ações de fronteiras para criar dificuldades para nossos vizinhos, mas de ações para promover mais coesão e integração do Brasil com esses países”, ressaltou o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Gestão integrada da fronteira -Corumbá (MS) e Foz do Iguaçu (PR) receberam em abril os dois primeiros Gabinetes de Gestão Integrada de Fronteira (GGIF), que articulam as forças de segurança pública federal, estadual e dos municípios. As duas cidades separam o País do Paraguai e da Bolívia e do Paraguai e da Argentina, respectivamente.
Com os gabinetes de gestão integrada, as forças de segurança federais e locais possuem mais condições de combater de forma eficiente os diversos tipos de crimes ocorridos nestas regiões, pois o GGIF reúne em apenas um espaço físico as diversas instituições responsáveis pela segurança pública. O gabinete dá a oportunidade das ações necessárias serem tomadas de forma rápida, sem intermediários, possibilitando uma maior efetividade na resposta à criminalidade.

Plano Estratégico de Fronteiras - O Plano Estratégico de Fronteiras foi lançado nesta quarta-feira (8), em Brasília, com a participação dos governos de 11 estados e 112 municípios nas regiões fronteiriças de dez países da América do Sul. O Plano reúne ações integradas da Marinha, do Exército, da Aeronáutica, dos departamentos de Polícia Federal e de Polícia Rodoviária Federal, além da Secretaria Nacional de Segurança Pública e da Força Nacional de Segurança Pública. O trabalho será realizado em cooperação com os países que fazem fronteira com o Brasil. Estiveram presentes os embaixadores José Alberto Gonzáles Samaniego, da Bolívia; a embaixadora Maria Elvira Pombo Holguín, da Colômbia; o embaixador Marlon Faisal Mohamed Hoesein, do Suriname; o embaixador Carlos Daniel Amorín Tenconi, do Uruguai; o embaixador Maximilien Sánchez Arvelaiz, da Venezuela. E também o ministro Sérgio Pérez Gunella, Encarregado de Negócios da Argentina; e o ministro Didier Olmedo, Encarregado de Negócios do Paraguai.

Fonte:http://www.defesanet.com.br/fronteiras/noticia/1463/PEF--Brasil-fecha-acordos-com-paises-vizinhos-para-controlar-criminalidade

SISFRON - Sete grupos disputam licitação do Exército

Virgínia Silveira

Sete consórcios liderados por empresas brasileiras do setor de defesa e por empreiteiras que estão iniciando suas atividades neste segmento estão finalizando as propostas para disputa da primeira etapa do Sisfron (Sistema de Monitoramento das Fronteiras), projeto orçado em cerca de US$ 6 bilhões e coordenado pelo Exército Brasileiro para ser concluído em dez anos. As propostas serão entregues amanhã. O valor do negócio atraiu tradicionais empresas americanas e europeias do setor de defesa.

Segundo o Valor apurou, a Embraer fechou parceria com a Atech, Orbisat e AEL Sistemas. A fabricante brasileira de aviões tem participação na Atech (50%) e uma joint venture com a AEL. Ainda na área de tecnologia, o Instituto C.E.S.A.R (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), empresa com 16 anos de atuação, e a nova brasileira SDS (Synergy Defesa e Segurança), que oficialmente será apresentada amanhã, estão definindo suas propostas separadamente.

Entre as grandes empreiteiras, aparecem a Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. A Odebrecht terá ao seu lado uma das maiores companhias do mundo no setor, a europeia Cassidian, além da Mectron e da IACIT Soluções. A OAS se associou à italiana Finmecânica. O consórcio da Andrade Gutierrez tem a francesa Thales. A Queiroz Galvão vai para a disputa com a americana Northropp e a brasileira Flight Technologies.

Esta primeira etapa, de acordo com o Exército, consiste em um projeto piloto que contempla o monitoramento de aproximadamente 600 km de fronteira terrestre, na divisa do Estado do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia. O vencedor da disputa poderá monitorar uma extensão de até 900 km nesta fase, em razão dos sensores, que contemplarão toda a área de responsabilidade do Comando Militar do Oeste.

O valor desta primeira licitação não foi informado. Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército (Cecomcex), o valor depende das propostas a serem apresentadas pela empresas.
Previsto para ser implementado de forma gradual ao longo de dez anos, o Sisfron está orçado em cerca de R$ 11,9 bilhões. Vai monitorar uma área total de 16,8 mil quilômetros quadrados de fronteira seca, envolvendo dez países, onze Estados e 588 municípios brasileiros.

O objetivo do projeto é ampliar o monitoramento da Amazônia e assim permitir que a tomada de decisões e as ações sejam feitas de forma mais eficaz e integrada com as diversas Forças Armadas e policiais. O funcionamento integrado se dará com tecnologia de ponta vinda de satélites, sensores, radares de vigilância, sistemas de tecnologia da informação e comunicações, optrônicos e recursos de defesa cibernética.

A Atech, empresa que a Embraer comprou 50% do capital social em 2011, foi contratada pelo Exército em 2011 para fazer o projeto básico do Sisfron e definir de que forma será feito o trabalho de vigilância do território e os equipamentos que serão utilizados. O trabalho da empresa custou R$ 17,2 milhões.
O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse que a exigência de conteúdo nacional nesta licitação deverá ser superior a 60%, e que este será um dos principais diferenciais da proposta que será apresentada pela companhia. "O nosso modelo de empresa está baseado no desenvolvimento de tecnologia nacional e de soluções para o governo brasileiro que depois poderão se tornar uma plataforma competitiva de exportação", afirmou.

Graças ao desenvolvimento de projetos para as Forças Armadas Brasileiras e também às vendas internacionais do Super Tucano, a Embraer prevê fechar o ano de 2012 com um faturamento de R$ 2 bilhões, cerca de 23% superior ao registrado em 2011. "Nosso "backlog" [pedidos em produção] atual, de US$ 3,4 bilhões, mais que triplicou em relação ao número de 2006", ressaltou.

No primeiro trimestre deste ano, segundo Aguiar, a Embraer alcançou um crescimento de 32% na receita da área de defesa e segurança em relação ao mesmo período do ano passado. "Isso nos dá fôlego para investir em projetos e soluções e para ajudar no crescimento das nossas empresas adquiridas", comentou.

Aguiar destaca que 2012 tem sido um ano de concretização efetiva de negócios para a área de defesa. A modernização de aeronaves da Força Aérea Brasileira (caças F-5 e AMX), da Marinha (A-4), o desenvolvimento do novo avião de transporte militar KC-390, a prestação de serviços pela empresa Ogma, de Portugal e as vendas de Super Tucano realizadas este ano estão entre os principais projetos da área de defesa da Embraer em 2012.

Para o presidente da Cassidian Brasil, empresa que disputa a licitação do Sisfron sob a liderança da Odebrecht, Christian Gras, o Exército exige que 90% da produção dos equipamentos do projeto sejam feitos no Brasil. "A Mectron, que integra o nosso consórcio, é uma empresa 100% brasileira e está preparada para receber todas as tecnologias de interesse do governo brasileiro no Sisfron", afirmou.
Uma das gigantes mundiais em soluções e sistemas de segurança, a Cassidian pertence ao grupo europeu EADS, controladora também da Airbus. Com 28 mil funcionários, o grupo registrou receitas de € 5,8 bilhões em 2011. No Brasil, segundo Gras, a expectativa é de terminar o ano com um faturamento de € 100 milhões.

Parte do crescimento da empresa, segundo o executivo, será impulsionado por meio da joint-venture com a Odebrecht. Por conta das novas demandas do Brasil na área de defesa e segurança, a empresa tem planos de transformar o país em um dos três principais centros no mundo para o desenvolvimento de tecnologias.

Fonte: Valor/Defersanet.com.br

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Município de Marechal Cândido Rondon ganha primeiro Batalhão de fronteira

O primeiro Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) foi implantado, na manhã desta quarta-feira (25), em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do estado. O batalhão será responsável por 139 municípios da região fronteiriça. Esta é a primeira fase da implantação da unidade que deverá ser finalizada em mais duas fases. A implantação aconteceu em solenidade que contou com a presença do governador Beto Richa e do secretário de Estado da Segurança Pública Reinaldo de Almeida César.

Imediatamente após o lançamento, os policiais do BPFron iniciam a "Operação Fronteira". A ação conta com apoio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), que enviou várias viaturas para agir na região fronteiriça. A ação se estenderá no triângulo que sai de Altônia, passa por Cascavel, segue para Foz do Iguaçu, voltando pelas margens do Lago Itaipu. Essa operação deve durar, de maneira intensa, 60 dias, mas o batalhão é permanente.

Nesta primeira fase o BPFron contará com uma centena de policiais militares. O trabalho do BPFron será integrado com outras unidades da PM na região, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal e Guardas municipais. O trabalho será dividido em ações policiais e operações conjuntas.

Municípios na faixa de fronteira encaminham projetos ao Governo Federal

Municípios do Rio Grande do Sul localizados na chamada “faixa de fronteira” estão se organizando de forma conjunta para encaminhar projetos especialmente ao governo federal.
Segunda-feira ocorreu reunião em Porto Alegre, quando também estiveram presentes representantes de Municípios da Argentina e Uruguai.
O objetivo é organizar projetos conjuntos em várias áreas de desenvolvimento, como pontes, hidrovias, acessos asfálticos, saneamento, energia, irrigação e até combate à pobreza.
No encontro desta semana na capital gaúcha a prefeitura de Jóia esteve presente, bem como dos Municípios da Amuceleiro e Missões.
O projeto é denominado Plano de Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira.
A finalidade é buscar verbas governamentais para investir nas citadas áreas.

Exército faz plano para proteger instalações estratégicas

Marta Nogueira
O Exército brasileiro estuda lançar um programa de proteção de instalações estratégicas, em terra, com a integração de todos os organismos responsáveis pela segurança do país. O projeto, em fase piloto, batizado de Sistema Proteger, está orçado em R$ 9,94 bilhões, para investimento em 12 anos, e ainda precisa da aprovação da presidente Dilma Rousseff. O montante prevê a compra de equipamentos, como embarcações, viaturas e armamentos, e o treinamento de 85 mil integrantes das forças militares. O projeto recebeu o nome de Sistema Integrado de Proteção das Estruturas Estratégicas Terrestres (Sistema Proteger).
Além do Sistema Proteger, outros dois são considerados pelo Exército de maior importância e já estão em implantação: o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), com investimentos de R$ 11,992 bilhões, em dez anos, e o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), cujo investimento não foi divulgado. Os três programas integram um grupo de sete, que tem como objetivo reformar o Exército e aumentar o poder de atuação das forças militares.
O Brasil tem cerca de 13.300 dessas estruturas no país, que, segundo avaliação do Exército, respondem por 92% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. São instalações, serviços, bens e sistemas cuja interrupção ou destruição, total ou parcial, provocará sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade, como geradoras, distribuidoras e transmissoras de energia, refinarias e terminais.
O general de brigada José Fernandes Iasbech, gerente do sistema Proteger, afirmou que o Brasil é o único dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que não tem esse sistema integrado de proteção. "O que mais nos preocupa é que, caso haja necessidade, nós temos que estar treinados e dispor de meios para chegar a tempo para atuar antes que haja dano para este patrimônio tão valioso do Brasil", disse o general, que aguarda para apresentar resultados do projeto piloto para a presidência.
O governo liberou, este ano, R$ 120 milhões para colocar em prática o piloto, na Brigada de Cascavel, Paraná. O treinamento no local trabalha com prioridade para atender a usina hidrelétrica de Itaipu e as Subestações de Furnas e Ivaiporã. Do valor liberado, R$ 75 milhões foram empenhados em aparelhamento, como a compra de equipamentos individuais e de proteção para 500 integrantes do Exército, 200 viaturas e 800 barracas. As encomendas, feitas no Brasil em março e abril, já começaram a ser entregues.
Segundo o general, no próximo ano o Exército planeja avançar na capacitação e aparelhamento de tropas para a proteção de estruturas estratégicas situadas em São Paulo e Rio de Janeiro. As prioridades deverão ser a usina de Ilha Solteira, Terminal de São Sebastião, subestações de Bauru e de Ibiúna, Terminal de Cabiúnas, Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) e Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
"A cooperação que o Exército hoje empresta a outros órgãos de governo é episódica. A ideia é que passe a ser permanente", disse o general. "O Brasil cresce vertiginosamente. O patrimônio cresce vertiginosamente. Precisamos adequar nossas tropas e o nosso treinamento para que se for determinado pelo governo federal possamos agir com presteza e eficácia."
Com base no desenvolvimento do Proteger, o major do Exército e especialista em análises e operações de inteligência e contra-inteligência Nixon Frota desenvolveu um trabalho que propõe ao Exército a inclusão do setor elétrico nas questões de segurança e defesa da América do Sul. A ideia é que os países integrantes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) tenham uma estratégia de defesa conjunta das suas instalações energéticas.
"Cada vez mais as instalações de energia, como linhas de transmissão, estão interligadas", disse o major, que vai apresentar a pesquisa durante o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (Abed), que será realizado entre os 6 e 9 de agosto, em São Paulo. "Certamente, os resultados da integração fortaleceriam a segurança energética sul-americana, possibilitariam a criação de sinergias transparentes e democráticas, permitindo o desenvolvimento político, econômico, social e militar", disse Nixon.
Fonte: Defesanet.com.br

Defesa e TSE firmam normas de conduta e regras de engajamento das Forças Armadas nas eleições 2012

A Justiça Eleitoral fez o primeiro movimento para a participação das Forças Armadas em municípios brasileiros que necessitarão de apoio militar na segurança e a ordem nas eleições 2012. Nesta quarta-feira (25), o ministro da Defesa, Celso Amorim, e a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, assinaram o documento que estabelece as “Normas de Conduta e Regras de Engajamento nas Eleições 2012”.

“Acho que essa presença das Forças Armadas com o objetivo de assegurar o apoio à democracia brasileira é para mim motivo de muito orgulho. Nós estamos de parabéns por poder servir à democracia brasileira”, disse o ministro Amorim.

Para a ministra Cármen Lúcia, a participação das Forças Armadas irá garantir a segurança e a tranquilidade na realização das eleições. A presidenta do TSE explicou que a definição dos municípios que contarão com o apoio militar se dará posteriormente.

A expectativa é que no próximo mês o TSE receba comunicados dos governos estaduais informando se terão condições de garantir a segurança pública com as policiais militares. Caso contrário, haverá a requisição para o emprego de aparato militar. O ministro da Defesa informou que nas eleições de 2008 e 2010 algumas cidades tiveram a segurança feita pelas Forças Armadas.

Engajamento nas eleições

O documento firmado estabelece, por exemplo, como norma de conduta dois itens: conhecimentos básicos e emprego da tropa. No primeiro caso, o texto dá as diretrizes de que a utilização de militares nas eleições passa por autorização do Ministério da Defesa a partir de pedido do Tribunal Superior Eleitoral formulado à presidenta Dilma Rousseff.

No segundo caso, diz o texto que a tropa somente desempenhará missões que forem atribuídas na garantia da votação e da apuração no processo eleitoral. Essa regra vale desde que seja aplicada em obediência rigorosa à legislação vigente e com orientações do “escalão superior”.

Na prática, o documento estabelece regras comuns em operação militar e que definem com exatidão aquilo que pode e que não pode ser feito. Dois exemplos recentes de emprego militar foram informados pela Defesa: as participações das Forças Armadas na Minustah (Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti) e a missão de paz nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.

Além disso, o conjunto de normas de conduta e regras deixa claro que tudo transcorrerá dentro dos limites para esse tipo e operação e que as Forças Armadas não terão a função de efetuar o policiamento rotineiro ostensivo em locais que haja normalidade.

Na cerimônia ocorrida no TSE, o ministro Amorim estava na companhia dos comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri, e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito; do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi; do chefe de Operações Conjuntas (Choc), general João Carlos Vilela; além do chefe do Estado-Maior de Armada, almirante Fernando Eduardo Studart Wiemer.

Fonte: defesanet.com.br

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Estratégia Nacional de Defesa - Termina o F-X2 e Define Critérios para o F-X3

A proposta da nova Estratégia Nacional de Defesa enviada ao Senado, no dia 17 de Julho, traz importantes definições. Uma delas é oficialmente encerrar o Programa F-X2 e partir para o F-X3 e de forma surpreendente estabelecer critérios para tal.

Nelson Düring
Editor-chefe DefesaNet



A proposta da nova Estratégia Nacional de Defesa enviada ao Senado, no dia 17 de Julho, traz importantes definições. Uma delas é oficialmente encerrar o Programa F-X2 e partir para o F-X3 e de forma surpreendente estabelecer critérios para tal.

A leitura da nova Estratégia Nacional de Defesa (END) tem um texto mais objetivo e foi eliminado o estilo retórico do Prof Mangabeira Unger, que coordenou a primeira edição da END lançada, em 2008.

Há várias análises relevantes que merecem uma leitura detalhada. A END apresenta-se como uma leitura mais interessante que o próprio Livro Branco de Defesa Nacional

Na análise e definição sobre a A Força Aérea Brasileira (FAB) são apresentados os objetivos da Força.

Texto pág 16. END

Quatro objetivos estratégicos orientam a missão da Força Aérea Brasileira e fixam o lugar de seu trabalho dentro da Estratégia Nacional de Defesa. Esses objetivos estão encadeados em determinada ordem: cada um condiciona a definição e a execução dos objetivos subsequentes.
(a) A prioridade da vigilância aérea.
(b) O poder para assegurar o controle do ar no grau desejado.
(c) A capacidade para levar o combate a pontos específicos do território nacional, em conjunto com a Marinha e o Exército, constituindo uma única força combatente, sob a disciplina do teatro de operações.
(d) O domínio de um potencial estratégico que se organize em torno de uma capacidade, não em torno de um inimigo

Ao tratar dos pontos relevantes para a FAB a END traz uma análise sobre as condicionantes e perspectivas para o F-X3. É sinal que o presente estágio do F-X2 não é satisfatório, para militares ou o governo.

Define opções a serem evitadas como esgotadas, no caso a modernização das plataformas atuais. Porém pela primeira vez o governo fala sobre a possibilidade de um caça de “Quinta Geração” como meta final.

Porém indica que o presente momento poderá ter uma opção intermediária, um GAP FILL.

Abaixo texto da Estratégia Nacional de Defesa, pág 18

"Dentre todas as preocupações a enfrentar no desenvolvimento da Força Aérea, a que inspira cuidados mais vivos e prementes é a maneira de substituir os atuais aviões de combate, uma vez esgotada a possibilidade de prolongar-lhes a vida por modernização de seus sistemas de armas, de sua aviônica e de partes de sua estrutura e fuselagem.

O Brasil confronta, nesse particular, dilema corriqueiro em toda parte: manter a prioridade das capacitações futuras sobre os gastos atuais, sem tolerar desproteção aérea. Precisa investir nas capacidades que lhe assegurem potencial de fabricação independente de seus meios aéreos e antiaéreos de defesa. Não pode, porém, aceitar ficar desfalcado de um escudo aéreo, enquanto reúne as condições para ganhar tal independência. A solução a dar a esse problema é tão importante, e exerce efeitos tão variados sobre a situação estratégica do País na América do Sul e no mundo, que transcende uma mera discussão de equipamento e merece ser entendida como parte integrante desta Estratégia Nacional de Defesa.

O princípio genérico da solução é a rejeição das soluções extremas – simplesmente comprar, no mercado internacional, um caça “de quinta geração”, ou sacrificar a compra para investir na modernização dos aviões existentes, nos projetos de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), no desenvolvimento, junto com outro país, do protótipo de um caça tripulado do futuro e na formação maciça de quadros científicos e técnicos.

Consideração que poderá ser decisiva é a necessidade de preferir a opção que minimize a dependência tecnológica ou política em relação a qualquer fornecedor que, por deter componentes do avião a comprar ou a modernizar, possa pretender, por conta dessa participação, inibir ou influir sobre iniciativas de defesa desencadeadas pelo Brasil."



O Livro Branco de Defesa Nacional, na página 203, traz o seguinte texto:

"FX-2: aquisição de 36 caças multimissão para substituir os Mirage 2000. O projeto teve sua fase de avaliações para o processo de seleção concluída, aguardando a decisão governamental para prosseguir."

Um Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED), prospectivo, pois aguarda aprocvação do governo indica os rumos a serem tomados:


Projetos e Subprojetos Prioritários da Força Aérea (pag 253 LBDN)


início fim valor total(+)
6 Projeto Capacitação Operacional da FAB (E) 2009 2030 55.121,0
Subprojeto Aeronave de Caça Multimissão (F-X2) 2013 2026
Subprojeto Aeronave Pesada para Transp. Presidencial (VC-X2) 2013 2014
Subprojeto Helicóptero Médio de Emprego Geral (H-XBR/EC-725) 2009 2017
Subprojeto Aeronave Pesada de Carga e Reab (KC-X2) 2013 2016
Subprojeto Unidade Celular de Comando e Controle 2013 2015
Subprojeto Aeronaves de Transporte, Ensaios e Inspeção em Voo 2013 2028
Subprojeto Aeronaves de Busca e Resgate 2015 2016
Subprojeto Aeronaves de Patrulha Marítima 2016 2028
Subprojeto Aeronaves de Reconhecimento / VANT 2012 2024
Subprojeto Aeronaves de Asas Rotativas 2012 2026
Subprojeto Aeronaves de Instrução 2016 2025
Subprojeto Segurança Terrestre 2011 2023
Subprojeto Sistemas Bélicos 2009 2030
(+) valor em milhões de Reais

Ministério da Defesa prepara feira de equipamentos da indústria nacional

Os equipamentos de defesa produzidos pelas indústrias instaladas no território brasileiro serãomostrados aos representantes das embaixadas como forma de abrir canal para a exportação destes produtos. O chefe do Departamento de Produto de Defesa (Deprod), general Aderico Mattioli, tratou do tema hoje (24) durante a 14ª reunião do comitê dos Chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas Singulares no Ministério da Defesa.

Para isso, o departamento está organizando uma exposição de produtos na Base Aérea de Brasília. De um lado, expoentes da indústria militar, representantes do BNDES e da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos - Apex-Brasil. Na outra ponta, adidos militares das principais representações diplomáticas.

“Queremos mostrar aos adidos militares e aos nossos parceiros de outros ministérios o que está sendo produzido ou desenvolvido no Brasil em termos de equipamentos de defesa”, disse o general Mattioli.

A feira está sendo articulada com a Força Aérea Brasileira (FAB) e faz parte de um pacote de atividades marcado para ocorrer nos dias 17 e 18 de agosto. De acordo com Mattioli, na parte da manhã os participantes terão informações sobre forma de financiamento e o potencial da indústria. À tarde, o local será aberto para visitação.

Defesa cibernética

A defesa cibernética foi o tema seguinte da reunião. O subchefe do Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), coronel Luiz Gonçalves, apresentou a estruturação do Projeto Estratégico de Defesa Cibernética com enfoque às constantes movimentações deste setor. Na reunião, o militar apresentou também os resultados do trabalho durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e o preparo para os grandes eventos que ocorrerão no Brasil até o ano 2016.

“Já iniciamos o nosso planejamento para a Copa das Confederações, que ocorrerá no próximo ano, e nos ajustamos para a Copa do Mundo e Olimpíadas Rio 2016”, disse o militar.

Na reunião, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, indagou se o CDCiber estaria preparado para atuar de modo integrado na proteção das redes durante as competições esportivas. O coronel Gonçalves informou que o centro atuaria no âmbito das Forças Armadas e estaria apto para atuar como coordenador do plano de segurança pública que seria executado pelo Ministério da Justiça.

O funcionamento do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) mereceu destaque no encontro. O diretor-geral substituto Fernando Campagnoli fez relato das atividades do centro gestor e apresentou proposta das principais reivindicações para uma melhor prestação dos serviços.

Coube ao general Carlos Cesar Araújo Lima, da Subchefia de integração Logística (Subilog), apresentar os estudos sobre a alimentação das Forças Armadas. Segundo o general Araújo Lima, o valor do auxílio alimentação se mantém congelado desde 1995. De acordo com o oficial, estudos desenvolvidos ao longo dos últimos anos sugerem o aumento do valor. Na reunião, ficou decidido que o tema voltaria a ser tratado mais adiante e que se buscaria encaminhar a solicitação para a equipe econômica.

O projeto “Rádio Definido por Software” (RDS) foi o último tema da 14ª reunião do comitê. O general Cláudio Duarte de Moraes, chefe do Centro Tecnológico do Exército, proferiu exposição sobre o projeto.

Fonte: http://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/6932/Ministerio-da-Defesa-prepara-feira-de-equipamentos-da-industria-nacional

As operações de informações Parte III: O caso colombiano

Seção de Operações de Informações do Grupo Militar dos Estados Unidos na Colômbia

(Continuação da parte II)
As forças militares da Colômbia, tomando como referência a doutrina de Operações de Informações das forças militares norte-americanas e sua ampla experiência no uso dessas capacidades no combate à ameaça interna, desenvolveram um documento próprio conhecido como “Doutrina de Ação Integral”, no qual se estabelecem os objetivos e linhas estratégicas da Ação Integral na Colômbia.
Assim sendo, a Ação Integral “busca apoiar o esforço de consolidação do controle territorial e a legitimidade do Estado, fortalecer a coordenação entre agências e instituições para alcançar a segurança e a paz como um bem comum, em um cenário de vitória como processo irreversível”, como rezam as “Instruções Gerais sobre a Doutrina de Ação Integral” do Comando Geral das Forças Militares.
Do mesmo modo, a Doutrina de Ação Integral estabelece três linhas estratégicas sob as quais são realizadas as diferentes operações:
Ação Integral Geral: tem como objetivo geral apoiar as operações militares e agir como coadjuvante para “o fortalecimento da legitimidade, blindando e fortalecendo a imagem institucional das forças militares, colaborando para reduzir a vontade de luta dos Grupos Armados Organizados à Margem da Lei e facilitando sua desmobilização”.
Ação Integral Coordenada: atua como coadjuvante para a recuperação social do território, o bem-estar e a paz sustentável de que a Nação precisa, através da aplicação de Assuntos Civis, Assuntos de Governo, Assuntos Indígenas e Comando de Profissionais Oficiais da Reserva por parte do Comandante Militar e outros representantes legais do Estado e da sociedade civil organizada.
Ação Integral Resolutiva: “Busca o desenvolvimento e a coordenação permanente e simultânea de ações políticas, econômicas, sociais e militares com o objetivo de fortalecer as estruturas básicas do Estado, garantindo a defesa e a proteção dos Direitos Humanos, a obediência ao Direito Internacional Humanitário e as liberdades sociais. A Ação Integral Resolutiva está intimamente ligada à Política Nacional de consolidação Territorial, especialmente durante as fases de recuperação e transição do território, fases durante as quais a presença das forças militares e da Polícia Nacional é fundamental para o ingresso das demais instituições do Estado, tendo como eixo fundamental o processo entre agências. Neste sentido, a Direção de Planejamento de Operações de Informações (DIPOI), subordinada à Chefatura de Ação Integral Conjunta do Comando Geral das Forças Militares da Colômbia, tem como objetivo obter a confiança da população, atuando como coadjuvante para derrotar os Grupos Armados à Margem da Lei (GAML) e promovendo sua desmobilização.
Em relação ao anterior, a Direção de Ação Integral do Exército criou recentemente a Seção de Operações de Informações, formada por uma equipe multidisciplinar cuja finalidade é planejar, elaborar a executar estratégias para neutralizar as ações contra a legitimidade institucional por parte dos GAML.
A Seção busca apoiar o trabalho da Força por todo o país, desenvolvendo estratégias de informações voltadas especialmente para combater a guerra de IV Geração, que abrange o campo ideológico, político, cibernético, de massas, de inteligência e jurídico, entre outros. Essas características multidimensionais transformam a instrução e o treinamento das forças militares para que possam enfrentar, com ferramentas melhores, o inimigo que, na maioria dos casos, não é tangível e maneja as informações a seu bel-prazer, para obter o apoio das massas.
Além dos meios de comunicação, também são relevantes as ferramentas multimídia, audiovisuais, emissoras e comunicados de imprensa, entre outros. A coordenação e a unificação de mensagens claras e precisas, através desses diferentes canais, é o que permite que se enfrente o impacto dos GAML na população colombiana.
Neste sentido, a neutralização das ameaças do Século XXI traça um futuro cheio de desafios para as OPINFO e sua evolução segue lado a lado com a projeção de ambientes, a construção de estratégias de longo prazo e o desenvolvimento de oferta de cooperação para derrotar o inimigo e consolidar o país como pioneiro regional nesta questão.
Na medida em que essas Operações se consolidem como um pilar estratégico na luta contra os grupos armados à margem da lei, será cada vez mais fácil compreender seu modus operandi e a capacidade de infiltração na sociedade e, além disto, poderão ser fortalecidos os protocolos de manejo de informações e interpretação adequada das mesmas, para que se possam elaborar estratégias eficientes que neutralizem os GAML.
A importância da Ação Integral e das Operações de Informações baseia-se no poder delegado à comunidade através da coordenação e da interação com as entidades dos governos nacional, estadual e local. Uma comunidade com poder é uma comunidade que colabora com as autoridades, que denuncia casos de violações dos Direitos Humanos e, o mais importante de tudo isso, é que ela se torna imune aos agentes ilegais armados, fortalecendo-se como um todo e formando-se como um agente forte e contundente de transformação social.

Fonte: http://www.defesanet.com.br/sof/noticia/6931/As-operacoes-de-informacoes-Parte-III--O-caso-colombiano


terça-feira, 24 de julho de 2012

Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN)


No último dia 17, a presidenta Dilma Roussef enviou à apreciação do Congresso Nacional os seguintes documentos: Política Nacional de Defesa (PND), Estratégia Nacional de Defesa (END) e Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN).

O Livro Branco de Defesa Nacional pode ser acessado em arquivo PDF de 93.5MB no endereço abaixo:
http://www.forte.jor.br/2012/07/24/livro-branco-de-defesa-nacional-lbdn/

Síria pode usar armas químicas em caso de ataque estrangeiro

O regime sírio reconheceu pela primeira vez que possui armas químicas e ameaçou utilizá-las em caso de intervenção militar estrangeira, mas nunca contra a sua população, enquanto violentos combates prosseguem entre soldados e rebeldes em Aleppo e em Damasco. A Síria rejeitou a proposta da Liga Árabe de uma saída negociada do poder do presidente Bashar al-Assad para acabar com a violência, que já causou mais de 19.000 mortes em 16 meses de revolta.

A comunidade internacional, incapaz de chegar a um acordo comum, reforçou suas sanções e o controle do embargo à venda de armas. Americanos e europeus também aumentaram a ajuda aos países vizinhos da Síria, onde mais de 120.000 sírios estão refugiados.

Em Damasco, palco de combates diários, as execuções se multiplicam. Ao menos 23 pessoas foram executadas sumariamente no domingo pelas forças do regime, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Dezesseis homens, a maioria com menos de 30 anos, foram assassinados no bairro de Mazzé, oeste da capital, indicou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH. Outros sete foram executados em Barzé (noroeste). O OSDH descreveu vítimas que tiveram as cabeças esmagadas por veículos, corpos perfurados por baionetas e mãos algemadas.

A agência oficial Sana anunciou que o Exército está em Mazzé para “restabelecer a segurança (…) limpando esta área de grupos terroristas armados que aterrorizam os habitantes e atacam suas casas”. Nesta segunda-feira, o OSDH contabilizou mais 18 mortos até o início da tarde.

Damasco, apesar das acusações ocidentais, indicou que suas armas químicas e não-convencionais estão “armazenadas em um lugar seguro sob a supervisão das Forças Armadas e só serão utilizadas caso a Síria enfrente uma agressão estrangeira”. Já o porta-voz do Ministério sírio das Relações Exteriores, Jihad Makdessi, assegurou que as armas “nunca, nunca serão utilizadas contra nossos cidadãos, seja qual for a evolução da crise”.

O regime acusa os ocidentais de desinformação para justificar “uma intervenção militar, mentindo sobre armas de destruição em massa”. Os Estados Unidos advertiram Damasco que consideram o regime de Bashar al-Assad responsável por manter em segurança suas armas químicas e que o regime não deveria nem pensar nesta possibilidade.

“Eles não deveriam nem pensar em usar armas químicas”, disse o porta-voz do Pentágono, George Little, à imprensa. “Temos sido enfáticos em nossa posição dentro do governo americano sobre o uso de armas químicas, o que seria totalmente inaceitável”, afirmou.

Israel também manifestou a sua preocupação e alertou que não aceitará que armas químicas caiam nas mãos do partido xiita Hezbollah. Após o anúncio da “libertação de Damasco”, na semana passada, e da batalha de Aleppo no domingo, o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão de oposição síria, pediu aos rebeldes que aumentem seus esforços.

“Novas tropas em Damasco”
O regime “vacila”, mas “não se renderá facilmente”, afirmou o porta-voz do CNS, George Sabra, em um comunicado. “O que acontece em Damasco, Aleppo e em outras cidades sírias é uma etapa crucial para estabelecer uma nova fase na história de nosso país, e também da região”, acrescentou o opositor.

Nesta segunda-feira, uma coluna de fumaça cobriu o céu sobre Mazzé, onde os confrontos duraram parte da noite, segundo um jornalista da AFP. Paralelamente, o regime mobilizou novas unidades nos bairros de Barzé, Lawane, Nahr Aiche e Mazzé.

Os soldados “controlam as grandes estradas e bairros onde entraram, mas ainda há confrontos das pequenas ruas”, segundo o OSDH. Após o anúncio da libertação de Aleppo, intensos combates foram travados na capital econômica do país, particularmente nos bairros de Sahour (leste) e Hanano City (leste).

Os rebeldes tomaram o controle do distrito de Salahuddin, no oeste da cidade. “Há um grande êxodo em Hanano City, al-Ha¯dariyé e Sakhour”, indicou o OSDH. O coronel Kassem Saadeddine, porta-voz do Exército Sírio Livre (ESL) no interior do país, disse à AFP que o Exército havia posicionado 60 tanques na estrada entre Homs (centro), cidade-símbolo da contestação, e Hama, para desalojar os rebeldes.

Ainda assim, os rebeldes controlam um posto na fronteira com o Iraque, e três postos na divisa com a Turquia. Os ocidentais devem reforçar a ajuda humanitária aos refugiados. Washington desbloqueou 100 milhões de dólares para a Jordânia, que acolhe dezenas de milhares de sírios, enquanto os europeus duplicaram a ajuda de emergência para 63 milhões de euros.

FONTE: AFP via Terra Notícias

Bope começa a utilizar miniaviões não tripulados em operações especiais no Rio

O Bope (Batalhão de Operações Especiais) começará a utilizar em breve miniaviões em ações táticas e operacionais no Rio de Janeiro. Três “vants” (veículos aéreos não tripulados) foram desenvolvidos pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e cedidos à divisão de elite da Polícia Militar, que poderá aproveitar a nova tecnologia, por exemplo, para monitoramento remoto no decorrer de incursões em favelas da capital fluminense.

Orçado em R$ 180 mil, o projeto contempla ainda a Defesa Civil Estadual, a Artilharia Antiaérea do Exército e o próprio IME –cada um recebeu um miniavião personalizado. Uma sétima aeronave está sendo finalizada e será entregue ao Corpo de Bombeiros para operações na região serrana do Estado, que sofre anualmente com problemas decorrentes das chuvas.
Os vants contam com tecnologia integralmente nacional, segundo o governo do Estado, e será aperfeiçoado nos próximos anos. Até novembro, de acordo a financiadora do projeto, a Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro), outros vants devem ser cedidos gratuitamente às forças de segurança pública e de Defesa Civil do Rio.
“Temos vants demonstradores de tecnologia, frutos de pesquisas de pós-graduação e de trabalhos de graduação, construídos por cérebros brasileiros, com recursos nacionais e tecnologia livre de restrições internacionais de comércio. Nossa busca é pela soberania tecnológica”, afirmou o gerente do projeto, Jacy Montenegro Magalhães Neto.
De acordo com o governo estadual, os miniaviões contam com um sistema de zoom ótico capaz de filmar uma placa de carro, por exemplo, a cerca de 500 metros de altura. Em razão de seu tamanho reduzido, ele não pode ser visto a mais de 100 metros de altura, o que impede que seja alvejado por arma de fogo e destruído.
Os futuros operadores dos vants, entre os quais os policiais do Bope, receberão treinamento técnico do IME e aulas de pilotagem. A tecnologia dos primeiros protótipos do projeto já foi utilizada pelo IME anteriormente durante operações em Teresópolis e Nova Friburgo, na região serrana, durante os trabalhos de resgate após as enchentes de 2011 –mais de 900 pessoas morreram na tragédia.

FONTE: UOL