O Bope (Batalhão de Operações Especiais) começará a utilizar
em breve miniaviões em ações táticas e operacionais no Rio de Janeiro. Três
“vants” (veículos aéreos não tripulados) foram desenvolvidos pelo Instituto
Militar de Engenharia (IME) e cedidos à divisão de elite da Polícia Militar, que
poderá aproveitar a nova tecnologia, por exemplo, para monitoramento remoto no
decorrer de incursões em favelas da capital fluminense.
Orçado em R$ 180 mil, o projeto contempla ainda a Defesa Civil Estadual, a
Artilharia Antiaérea do Exército e o próprio IME –cada um recebeu um miniavião
personalizado. Uma sétima aeronave está sendo finalizada e será entregue ao
Corpo de Bombeiros para operações na região serrana do Estado, que sofre
anualmente com problemas decorrentes das chuvas.
Os vants contam com tecnologia integralmente nacional, segundo o governo do
Estado, e será aperfeiçoado nos próximos anos. Até novembro, de acordo a
financiadora do projeto, a Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à
Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro), outros vants devem ser cedidos
gratuitamente às forças de segurança pública e de Defesa Civil do Rio.
“Temos vants demonstradores de tecnologia, frutos de pesquisas de
pós-graduação e de trabalhos de graduação, construídos por cérebros brasileiros,
com recursos nacionais e tecnologia livre de restrições internacionais de
comércio. Nossa busca é pela soberania tecnológica”, afirmou o gerente do
projeto, Jacy Montenegro Magalhães Neto.
De acordo com o governo estadual, os miniaviões contam com um sistema de zoom
ótico capaz de filmar uma placa de carro, por exemplo, a cerca de 500 metros de
altura. Em razão de seu tamanho reduzido, ele não pode ser visto a mais de 100
metros de altura, o que impede que seja alvejado por arma de fogo e
destruído.
Os futuros operadores dos vants, entre os quais os policiais do Bope,
receberão treinamento técnico do IME e aulas de pilotagem. A tecnologia dos
primeiros protótipos do projeto já foi utilizada pelo IME anteriormente durante
operações em Teresópolis e Nova Friburgo, na região serrana, durante os
trabalhos de resgate após as enchentes de 2011 –mais de 900 pessoas morreram na
tragédia.
FONTE: UOL
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