O ministro da Defesa, Celso Amorim - ex-chanceler no governo Lula - sugeriu a necessidade de uma melhora da comunicação entre sua pasta e o Ministério das Relações Exteriores.
A afirmação ocorreu na noite de segunda-feira, no Memorial da América Latina.
Amorim falava a uma plateia formada por militares, diplomatas e acadêmicos - que participavam do 6º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa.
Amorim falava a uma plateia formada por militares, diplomatas e acadêmicos - que participavam do 6º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa.
"Não posso deixar de registrar a boa cooperação entre o Ministério da Defesa e o Itamaraty, mas podemos avançar ainda mais na criação de canais formais e fluídos de comunicação entre as duas pastas", afirmou.
Durante sua gestão no Itamaraty, houve convergências e divergências entre algumas das decisões da pasta e o ponto de vista militar.
As opiniões divergiram em casos como a tentativa de mediar um tratado nuclear com o Irã e se aproximaram em relação ao engajamento do país na missão de paz do Haiti, por exemplo.
Segundo Amorim, deve haver uma base comum aos dois ministérios de entendimento do papel do Brasil no cenário internacional.
"A capilaridade da rede de embaixadas, consulados e missões brasileiras no exterior fornece inteligência analítica de todos os cantos do mundo que deve, também ao lado das informações obtidas através de de outras organizações militares, subsidiar a ação militar, inclusive a preparação das Forças Armadas", disse.
Para o ministro, em contrapartida, "a existência de Forças Armadas adestradas e equipadas fortalece a ação diplomática".
Ele citou como bons exemplos de integração a participação do país em missões de paz. Atualmente, as mais relevantes missões de paz integradas por militares brasileiros ocorrem no Haiti e no Líbano.
Fonte: BBC - Brasil/defesanet
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