Eliane Oliveira, Junia Gama e Luiza Damé
Após formalizar a adesão definitiva da Venezuela como membro pleno do Mercosul, o presidente Hugo Chávez disse ontem que a medida fará como que os venezuelanos se livrem mais rápido do que chamou de "modelo petroleiro". Chávez destacou que o ingresso dado à nação andina ajudará na criação de indústrias dos mais variados setores, diminuindo a dependência venezuelana do setor petrolífero.
Para a presidente Dilma Rousseff, o desafio do Mercosul neste semestre é combinar ações para fazer frente à crise econômica internacional. Segundo ela, com a entrada da Venezuela, o Mercosul se transforma na quinta economia mundial, atrás de EUA, China, Japão e Alemanha.
- O Brasil, na condução dos trabalhos do Mercosul neste semestre (o país está na presidência pro tempore ), tem responsabilidades acrescidas. Temos não apenas de manter o bom funcionamento do bloco, mas levar adiante, em coordenação com nossos países parceiros, iniciativas que possam contribuir para fazer face ao grave quadro da economia internacional - disse a presidente. - (O ingresso da Venezuela) tem um significado histórico. A Venezuela torna-se o quinto Estado no bloco. Há tempos desejávamos um Mercosul ampliado em suas fronteiras e com capacidades acrescidas.
Paraguai: suspensão não afeta economia
Dilma mencionou a suspensão do Paraguai do Mercosul e reafirmou que o bloco é contra sanções econômicas àquele país. Ela disse que foram mantidos os fluxos econômicos com o Paraguai e os investimentos no país. O Paraguai está suspenso do Mercosul até março de 2013, quando haverá eleições presidenciais naquele país. A exclusão deveu-se ao impeachment do então presidente, Fernando Lugo, deposto pelo Congresso e substituído por Federico Franco.
- O que nos moveu foi o compromisso inequívoco com a democracia. Os países do Mercosul e da Unasul agiram de forma coordenada para preservar a democracia na região, mas não somos favoráveis a retaliações econômicas que possam prejudicar o povo paraguaio - afirmou a presidente brasileira.
Logo na chegada ao Palácio do Planalto, Chávez e Dilma assinaram contrato de venda de seis jatos EMB 190 da Embraer à Venezuela. O documento prevê que o negócio pode incluir mais 14 aeronaves, um investimento entre US$ 270 milhões e US$ 900 milhões. A entrega dos aviões será feita até o fim do ano. Na cerimônia, Dilma e Chávez receberam da Embraer réplicas em miniatura dos EMB 190.
- Estamos felizes. O Mercosul é a maior garantia para preservar nossa independência - enfatizou Chávez, ao lado de Dilma e dos presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e José Mujica (Uruguai).
- Faz tempo que a Venezuela devia entrar no Mercosul. Mas, como está escrito na Bíblia, tudo o que vai ocorrer sob o sol tem sua hora. Interessa-nos muito sair do modelo petroleiro, impulsionar o desenvolvimento agrícola e industrial, além do turismo.
Chávez afirmou que a entrada de seu país no bloco coincide com o começo de um "novo ciclo" na Venezuela, a partir de janeiro de 2013, quando tentará conseguir um terceiro mandato de seis anos nas eleições de 7 de outubro.
A chegada de Chávez ao Palácio do Planalto, com quase uma hora de atraso, foi conturbada. Ele quebrou o protocolo, pedindo para subir a rampa do Palácio do Planalto para encontrar a presidente Dilma. Sorridente, cumprimentou Dilma com beijos no rosto.
Cristina Kirchner, que firmou com Chávez um acordo de parceria entre a petrolífera argentina YPF e a venezuelana PDVSA, também festejou o ingresso dos novos sócios:
- Hoje é um dia histórico. A Venezuela no Mercosul é algo em que muitos de nossa sociedade não acreditavam.
Mujica classificou a entrada da Venezuela como "marco histórico" e defendeu que os líderes políticos prestem atenção aos mais pobres. Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que o ingresso da Venezuela amplia a importância econômica do Mercosul e abre oportunidades de negócios, mas lembrou que o novo sócio tem obrigações a cumprir. O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, disse que até o fim de agosto o Brasil enviará uma missãos à Venezuela.
Para a presidente Dilma Rousseff, o desafio do Mercosul neste semestre é combinar ações para fazer frente à crise econômica internacional. Segundo ela, com a entrada da Venezuela, o Mercosul se transforma na quinta economia mundial, atrás de EUA, China, Japão e Alemanha.
- O Brasil, na condução dos trabalhos do Mercosul neste semestre (o país está na presidência pro tempore ), tem responsabilidades acrescidas. Temos não apenas de manter o bom funcionamento do bloco, mas levar adiante, em coordenação com nossos países parceiros, iniciativas que possam contribuir para fazer face ao grave quadro da economia internacional - disse a presidente. - (O ingresso da Venezuela) tem um significado histórico. A Venezuela torna-se o quinto Estado no bloco. Há tempos desejávamos um Mercosul ampliado em suas fronteiras e com capacidades acrescidas.
Paraguai: suspensão não afeta economia
Dilma mencionou a suspensão do Paraguai do Mercosul e reafirmou que o bloco é contra sanções econômicas àquele país. Ela disse que foram mantidos os fluxos econômicos com o Paraguai e os investimentos no país. O Paraguai está suspenso do Mercosul até março de 2013, quando haverá eleições presidenciais naquele país. A exclusão deveu-se ao impeachment do então presidente, Fernando Lugo, deposto pelo Congresso e substituído por Federico Franco.
- O que nos moveu foi o compromisso inequívoco com a democracia. Os países do Mercosul e da Unasul agiram de forma coordenada para preservar a democracia na região, mas não somos favoráveis a retaliações econômicas que possam prejudicar o povo paraguaio - afirmou a presidente brasileira.
Logo na chegada ao Palácio do Planalto, Chávez e Dilma assinaram contrato de venda de seis jatos EMB 190 da Embraer à Venezuela. O documento prevê que o negócio pode incluir mais 14 aeronaves, um investimento entre US$ 270 milhões e US$ 900 milhões. A entrega dos aviões será feita até o fim do ano. Na cerimônia, Dilma e Chávez receberam da Embraer réplicas em miniatura dos EMB 190.
- Estamos felizes. O Mercosul é a maior garantia para preservar nossa independência - enfatizou Chávez, ao lado de Dilma e dos presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e José Mujica (Uruguai).
- Faz tempo que a Venezuela devia entrar no Mercosul. Mas, como está escrito na Bíblia, tudo o que vai ocorrer sob o sol tem sua hora. Interessa-nos muito sair do modelo petroleiro, impulsionar o desenvolvimento agrícola e industrial, além do turismo.
Chávez afirmou que a entrada de seu país no bloco coincide com o começo de um "novo ciclo" na Venezuela, a partir de janeiro de 2013, quando tentará conseguir um terceiro mandato de seis anos nas eleições de 7 de outubro.
A chegada de Chávez ao Palácio do Planalto, com quase uma hora de atraso, foi conturbada. Ele quebrou o protocolo, pedindo para subir a rampa do Palácio do Planalto para encontrar a presidente Dilma. Sorridente, cumprimentou Dilma com beijos no rosto.
Cristina Kirchner, que firmou com Chávez um acordo de parceria entre a petrolífera argentina YPF e a venezuelana PDVSA, também festejou o ingresso dos novos sócios:
- Hoje é um dia histórico. A Venezuela no Mercosul é algo em que muitos de nossa sociedade não acreditavam.
Mujica classificou a entrada da Venezuela como "marco histórico" e defendeu que os líderes políticos prestem atenção aos mais pobres. Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que o ingresso da Venezuela amplia a importância econômica do Mercosul e abre oportunidades de negócios, mas lembrou que o novo sócio tem obrigações a cumprir. O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, disse que até o fim de agosto o Brasil enviará uma missãos à Venezuela.
Fonte: O Globo/defesanet.com.br
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