Cada vez mais mercenários estrangeiros deslocam-se para a Síria. Segundo
informações divulgadas na última segunda-feira por meios de comunicação sírios,
as tropas governamentais capturaram na cidade de Aleppo, no norte do país, um
grupo de oficiais da Turquia e da Arábia Saudita. Na segunda cidade mais
importante do país, destacamentos militares do Governo continuam uma operação de
envergadura contra elementos do Exército Livre da Síria. “Soldados da fortuna”
ocupam aldeias e bairros urbanos e entregam-nos ao Exército Livre.
Anteriormente, a imprensa ocidental comentou que o “apoio militar” prestado à
oposição se regulariza a partir de uma base secreta na região da cidade de
Adana, no sul da Turquia. A base está desdobrada pela Turquia, Arábia Saudita e
Qatar. Perto dela situa-se a base de Incirlik da Força Aérea dos Estados
Unidos.
Comentando a captura de mercenários estrangeiros em Aleppo, o perito Vitali
Naumkin disse à Voz da Rússia:
“Não há nada de novo na participação de oficiais turcos e sauditas da
operação, porque é conhecido que o chamado Exército Livre da Síria é armado,
treinado e abastecido por instrutores de vários países árabes, da Turquia
também. Não há nada de surpreendente que hoje estas pessoas participam
diretamente em ações militares, talvez como instrutores ou como mercenários. O
fato de eles terem sido capturados e, possivelmente, serem demonstrados por
meios de comunicação não alterará nada. Os países referidos apoiam abertamente a
oposição síria.”
Segunda-feira, um representante anônimo do governo dos Estados Unidos
declarou que Barack Obama teria assinado uma deliberação, permitindo que a CIA e
outros departamentos americanos prestem assistência aos rebeldes sírios. Ao
mesmo tempo, o jornal Washington Post comunicou que senadores republicanos
influentes exigiram que a Administração americana comece a apoiar ativamente a
oposição armada na Síria. Os autores desta iniciativa afirmam que a falta de
vontade dos Estados Unidos de intervir na Síria teria contribuído para prolongar
e tornar mais sangrento o conflito no país.
Há dias, canais de televisãomundiais exibiram um posto de controle na
fronteira sírio-turca, ocupado pela oposição síria. Um vídeo gravou um grupo de
rebeldes armados sob bandeira da Al-Qaeda. Eles revelaram que voluntários da
Argélia, Arábia Saudita, Egito e Tunísia combatem na Síria contra Bashar
al-Assad. Neste contexto, o jornal saudita Al-Sharq comunicou, citando fontes
nos serviços secretos da Jordânia, que do lado da oposição síria combatem não
menos de seis mil membros da Al-Qaeda. Ultimamente, este número cresceu em
proporção geométrica, refletindo um reforço da intervenção militar externa nos
assuntos da Síria.
FONTE: Voz da Rússia
Nenhum comentário:
Postar um comentário