O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad,ordenou construção de 4 novos reatores para pesquisa no Irã.
Em cerimônia nesta quarta-feira ele colocou a primeira placa de combustível nuclear de fabricação nacional no reator de pesquisa para uso médico de Teerã, informou a agência oficial de notícias iraniana, "Irna".
Segundo a agência, a placa de urânio enriquecido a 20% foi colocada no reator em cerimônia oficial na qual estiveram presentes o ministro de Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi; o diretor da OEAI (Organização da Energia Atômica do Irã), Fereydun Absi, e o principal assessor da Presidência, Mojtaba Samareh Hashemi.
O processo de produção das placas e do próprio reator de Teerã estão, segundo a fonte, sob observação da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), em cumprimento do TNP (Tratado de Não-Proliferação Nuclear), do qual o Irã é signatário.
A colocação da placa de fabricação iraniana foi "bem-sucedida" e o reator de Teerã funcionou com normalidade, após ter sido submetido a todas as provas de segurança necessárias, segundo a OEAI.
TV Irib/Reuters | ||
Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, no reator de pesquisa para uso médico de Teerã |
Segundo a OEAI, a colocação da placa nuclear completa o ciclo de pesquisa, produção e utilização da energia nuclear no Irã.
A placa, explicou a agência, foi produzida na usina nuclear de Isfahan, no centro do país, com urânio enriquecido a 20% procedente das centrífugas do Irã.
Na cerimônia também foram conhecidos alguns remédios radioativos produzidos pelo reator de Teerã e usados para curar doenças como o câncer.
POLÊMICA
No dia 11 de fevereiro, na realização do 33º aniversário da Revolução Islâmica do Irã, Ahmadinejad disse que em poucos dias o país anunciaria novas conquistas do país em matéria nuclear.
O Irã se encontra no meio de uma tempestade política internacional já que diversos países, com os Estados Unidos na liderança, acham que seu programa nuclear tem fins militares para fabricar bombas atômicas, o que Teerã nega taxativamente e assegura que é exclusivamente civil e pacífico.
Nos últimos meses, personalidades de Washington e Tel Aviv ameaçaram Teerã com ataques militares para frear seu desenvolvimento nuclear, enquanto que os EUA e a União Europeia ampliavam suas sanções econômicas ao Irã, especialmente nos campos petroleiro e financeiro.
Fonte: Folha.com
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