A guerrilha colombiana das Farc anunciou neste domingo que vai libertar dez reféns, quatro a mais do que havia prometido em dezembro, ao mesmo tempo em que declarou que vai renunciar à prática do sequestro de civis.
"Queremos comunicar nossa decisão de que realizar a anunciada liberação de seis prisioneiros de guerra, além dos quatro restantes em nosso poder", afirmou o comunicado, subscrito pelo Secretariado (o centro de poder da organização) das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Os dirigentes do grupo guerrilheiro, o mais importante e antigo do país, com mais de 47 anos de existência e 9.000 combatentes, também anunciaram a renúncia ao sequestro de civis como mecanismo para financiar economicamente suas atividades.
"Muito já se falou sobre as detenções de pessoas, homens ou mulheres da população civil, que realizamos com fins de sustentar nossa luta (...) Anunciamos também que a partir desta data proscrevemos a prática em nossa atuação revolucionária", apontou o Secretaria no texto oficial.
"Está na hora de começar a esclarecer quem e com qual propósito sequestram hoje na Colômbia", acrescentou.
No comunicado, as Farc aceitaram também que o governo brasileiro facilite a logística para a liberação dos dez reféns, como já feito em ocasiões anteriores.
Luis Robayo - 25.jan.12/France Presse | ||
Familiar de um dos reféns que as Farc prometeram soltar acende vela para rezar por irmão |
Em fins de dezembro passado, as Farc anunciaram a intenção de deixar em liberdade seis de um grupo de dez reféns mantidos em cativeiro há mais de 12 anos.
No entanto, essa entrega foi postergada, segundo as Farc, porque onde a área aonde os reféns seriam liberados estava militarizada. Além disso, afirmaram que ainda estavam à espera de que o governo aceitasse a participação de um país estrangeiro para fornecer a logística necessária.
Há duas semanas o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou que o Brasil foi autorizado a colaborar com a liberação dos reféns. No último dia 16 o governo brasileiro confirmou sua vontade de colaborar com a operação.
Fonte:Folha.com
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