A Coreia do Norte ameaçou neste domingo responder a qualquer tipo de agressão que considerar sofrer durante as manobras militares conjuntas que Coreia do Sul e Estados Unidos vão realizar nesta semana no mar Amarelo.
As forças armadas sul-coreana e americana planejam realizar os treinamentos conjuntos a partir de amanhã até a próxima sexta-feira (24).
Após qualificar as manobras como uma "provocação militar premeditada", a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA advertiu que o exército do país pode fazer "impiedosos ataques de represália com rapidez" se houver algum movimento em suas águas territoriais.
Em nota, a KCNA recomendou aos habitantes das cinco ilhas norte-coreanas na região fronteiriça com a Coreia do Sul que se refugiem em áreas seguras antes do começo das manobras.
A agência também disse que o governo sul-coreano "não deve esquecer a lição" do ataque realizado por Pyongyang em novembro de 2010 à ilha de Yeonpyeong, que fica na mesma região onde acontecerão as manobras. Esse incidente provocou a morte de dois militares e dois civis sul-coreanos e elevou a tensão entre as duas Coreias.
A Coreia do Sul realiza regularmente exercícios militares com os Estados Unidos para reforçar sua preparação frente a uma possível invasão do país vizinho. Já a Coreia do Norte acusa os vizinhos do sul e as forças americanas de realizar as manobras para ensaiar uma invasão do Norte.
Mais de 28 mil soldados americanos estão destacados na Coreia do Sul como parte do legado da Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um cessar-fogo, e não com um tratado de paz.
BASE MILITAR
Em janeiro, os Estados Unidos anunciaram que enviarão mais 12 caças F-16 e 240 militares para a base americana de Gunsan, a 274 km de Seul. O esquadrão se junta a outros 12 aviões e 200 pilotos que estão na instalação.
As reações são uma resposta preventiva às incertezas provocadas pela mudança no regime norte-coreano com a morte do ditador Kin Jong-Il. Nas últimas semanas, representantes americanos também estiveram em contato com China, Japão e Rússia para retomar as negociações com a Coreia do Norte.
Em janeiro, a KCNA revelou que Pyongyang recebeu dos americanos em julho uma proposta de ajuda humanitária e retirada de sanções em troca da suspensão dos exercícios com armamento nuclear. A proposição foi realizada em um encontro bilateral entre os dois países.
A tensão na região foi retomada em 2008, quando o regime norte-coreano iniciou exercícios militares com arsenal atômico. Desde então, foi iniciada uma série de atividades com tropas dos dois lados na região do mar da Coreia.
Fonte:folha.com
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