quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Melhora da economia nos EUA já dá impulso a Obama

A aparente melhora da economia americana já começa a ajudar a perspectiva de reeleição do presidente Barack Obama, mostrou uma pesquisa divulgada hoje pelo jornal "The New York Times" e a rede de TV CBS.
Pela primeira vez desde a morte do terrorista Osama bin Laden, em maio do ano passado, a aprovação do presidente bateu em 50% neste mês. O próprio índice de maio era um ponto fora da curva impulsionado pelo fim da caçada ao líder da Al Qaeda: antes disso, a última vez que Obama registrara 50% fora em abril de 2010.
Não por coincidência, o percentual dos americanos que acham que a economia está melhorando subiu. Hoje, 1 em cada 3 apostam na perspectiva de melhora, após esse otimismo ter afundado a 12% em setembro.
Foi um salto de 9 pontos de 25% para 34% em apenas um mês, após o índice de desemprego recuar para o mesmo nível em que estava quando Obama assumiu o cargo há três anos, 8,3%.
Economia e criação de empregos são o tema eleitoral mais importante para 44% dos eleitores, segundo o novo levantamento.
Apenas 23% acham que a saúde econômica do país hoje é boa ou muito boa, contra 75% que acham que é ruim ou muito ruim. Na hora de votar, porém, a sensação de melhora acaba pesando mais do que os índices em si.
NA FRENTE
A pesquisa do "Times" mostra ainda que Obama venceria qualquer um de seus possíveis adversários republicanos caso a eleição de 6 de novembro fosse hoje.
Sua maior vantagem aparece contra o ex-presidente da Câmara Newt Gingrich, que despencou do topo para a lanterninha das pesquisas em três semanas. Neste caso, Obama teria margem de 18 pontos sobre o rival.
Já a menor vantagem de Obama é contra o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, ainda o favorito entre os candidatos da oposição: seis pontos.
Rick Santorum, o ex-senador ultraconservador da Pensilvânia que encosta em Romney nas pesquisas entre os eleitores republicanos, perderia de Obama por oito pontos, e o deputado libertário Ron Paul, defensor de um Estado mínimo em prol de liberdades individuais máximas, ficaria 11 pontos atrás.
Santorum, que venceu três prévias republicanas neste mês e acumula quatro vitórias, contra quatro de Romney (duas em janeiro e duas agora), aparece agora tecnicamente empatado com o ex-governador, com 27% das preferências contra 30%.
Ron Paul tem 12% e Gingrich, 10% _12% do eleitorado se declara indeciso.
A má notícia para os republicanos é que, na pesquisa, 62% de seus eleitores quase 2 em cada 3 dizem que gostariam de ter mais opções de candidatos do partido.
O voto nos EUA não é obrigatório, e para vencer, o partido precisa, antes de tudo, motivar eleitor a sair de casa e ir às urnas.
A pesquisa foi feita entre os últimos dias 8 e 13, com 1.197 pessoas, sendo 316 eleitores registrados como republicanos e 368 registrados como democratas. A margem de erro não foi divulgada.
fonte: Folha.com

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