O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promulgará uma lei para reforçar a segurança e combater o tráfico de drogas nas fronteiras norte e sul do país, informou nesta quarta-feira a Casa Branca.
O líder assinará nesta sexta-feira a lei que foi a última iniciativa patrocinada e votada pela legisladora democrata Gabrielle Giffords, disse a Casa Branca em comunicado.
Gabrielle, ferida gravemente em um tiroteio há um ano, abandonou sua cadeira pelo Arizona na Câmara de Representantes no último dia 25 de janeiro para continuar sua recuperação.
Obama assinará a lei no Salão Oval acompanhado do vice-presidente Joe Biden, Gabrielle Giffords, e do marido desta, o astronauta aposentado Mark Kelly.
A lei em questão, aprovada pelo Congresso no final de 2011, dá às autoridades policiais maiores poderes para combater o tráfico de drogas nas fronteiras dos EUA com o Canadá, ao norte, e com o México, ao sul, indicou a Casa Branca.
Segundo fontes legislativas, a lei procura corrigir um resquício legal aproveitado pelos narcotraficantes, que até agora recebiam sentenças menores pelo uso de pequenas aeronaves, em comparação com as sentenças impostas pelo uso de aviões e automóveis.
Assim, a lei uniformizará as sanções para o tráfico de drogas sem importar os meios utilizados, de modo que as sentenças serão de até 20 anos de prisão e uma multa de US$ 250 mil.
Calcula-se que a cada ano, os contrabandistas recorrem a aviões tipo teco-teco na fronteira sul para transportar centenas de cargas de drogas.
Esses teco-tecos são os prediletos dos traficantes por serem pequenos, ligeiros, podem voar de noite sem luzes e driblar a detecção de radares, além dos baixos custos de operação e manutenção.
A violência gerada pelo narcotráfico causou a morte de aproximadamente 50 mil pessoas no México desde 2006, quando o presidente do país, Felipe Calderón, ordenou a militarização da luta contra os traficantes.
O Governo dos EUA ajuda o México a combater o narcotráfico e o crime organizado mediante a Iniciativa Mérida, mas esta foi alvo de críticas no passado pela lentidão na entrega de recursos nesse país.
fonte: EFE / Terra
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