O Reino Unido não negociará sobre a soberania das Malvinas "até que os ilhéus assim desejem", disse nesta quarta-feira à Agência Efe um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores britânico.
O porta-voz fez estas declarações ao ser perguntado sobre o documento assinado pelos países da Comunidade do Caribe (Caricom) no domingo na ilha de Granada, que inclui um plano de ação de 16 pontos que, entre outros, respalda "o princípio e o direito à autodeterminação de todos os povos, inclusive os das Malvinas".
O documento assinala "a importância histórica da autodeterminação no desenvolvimento político do Caribe" como "um princípio internacionalmente estipulado de conformidade com a Carta da ONU".
Londres conseguiu este apoio depois que, em dezembro do ano passado, os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e vários sócios do bloco resolvessem impedir que atraquem em seus portos navios com bandeira das Malvinas, o que foi criticado por autoridades britânicas.
Ao referir-se ao documento aprovado pelo Caricom, um porta-voz do Ministério de Exteriores britânico disse que "a relação do Reino Unido com todos seus territórios dependentes é uma relação moderna baseada no companheirismo, nos valores compartilhados e no direito de cada território a determinar se deseja manter um vínculo com o Reino Unido".
O Foreign Office frisou que "isto é tão certo no caso das Malvinas como no de qualquer outro território", em relação a este arquipélago sob domínio britânico desde 1833 e cuja soberania é reivindicada pela Argentina.
"Os habitantes das Malvinas são cidadãos britânicos" e "seguem sendo livres para escolher seu próprio futuro, tanto política como economicamente, e têm direito à autodeterminação", acrescentou.
Neste ano se completa o 30º aniversário da guerra entre Argentina e Reino Unido pela posse das Malvinas, depois que os militares argentinos ocuparam as ilhas no dia 2 de abril de 1982, mas o conflito armado terminou em junho daquele ano com a rendição da Argentina.
No conflito morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos
Fonte: defesanet.com.br
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