A China deu mais um passo nesta terça-feira para encerrar sua dependência de satélites norte-americanos para serviços de navegação e posicionamento, ao iniciar um teste operacional do sistema Beidou, desenvolvido naquele país.
Os chineses deram início a um projeto para eliminar sua dependência do Sistema de Posicionamento Global (GPS) norte-americano em 2000, quando colocaram dois satélites experimentais de posicionamento em órbita.
Ran Chengqi, porta-voz do novo sistema, disse a jornalistas que o Beidou -ou "Ursa Maior"- cobrirá a maior parte da região Ásia-Pacífico no ano que vem e, a partir de 2020, terá alcance mundial.
A China já lançou dez satélites para formar a rede Beidou, e planeja lançar outros seis no ano que vem, segundo ele.
A imprensa estatal chinesa informou que o sistema futuramente envolverá 35 satélites, que serão utilizados por diversos setores, entre eles, pesca, meteorologia e telecomunicações.
A China tem planos espaciais ambiciosos, que incluem uma estação espacial e uma viagem tripulada à Lua.
Embora os chineses tenham prometido não militarizar o espaço, especialistas dizem que as forças armadas do país estão ampliando o uso militar do espaço com os novos satélites.
A destruição de um antigo satélite por um míssil, em um teste bem sucedido realizado no começo de 2007, representou o desenvolvimento de novas capacidades para as forças armadas chinesas e, no ano passado, a China testou com sucesso uma nova tecnologia que permite destruir mísseis em voo.
Por Ben Blanchard Reuters / DefesaNet.com.br
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