'No final foi melhor do que eu podia imaginar', assim resumiu o governador Simão Jatene, referindo-se ao desempenho da segurança pública do Estado do Pará, na manhã desta quinta-feira (29), durante coletiva de imprensa no Hangar - Centro de Conversões da Amazônia. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), houve redução na criminalidade no Estado.
Os dados recolhidos pelo Dieese, através do SIPS (Sistema Integrado de Segurança Pública), mostram que crimes, como latrocínio, tiveram redução de 38%, em comparação entre 2010 e 2011. Outro número importante foi o recuo nos homicídios dolosos, de 16%. O estupro também registrou queda, de cerca de 7,76%. Os roubos obtiveram redução, mais ainda preocupam as autoridades. Em 2011, houve 100.937 ocorrências de roubo, uma queda de 11,20%.
Um crime que registrou aumento foi o tráfico de drogas. Porém, para o economista responsável pela pesquisa, Roberto Sena, a alta de 45,12% no tráfico ainda assim é positiva. 'O aumento nas ocorrências de tráfico de drogas simboliza a ação da polícia. Ou seja, aumento significa que a polícia combateu com mais eficiência o trafico no Pará', explica Sena.
Já sobre as prisões realizadas em 2011, o Dieese destacou que foram efetuadas 11.886, sendo que 3.442 foram por tráfico de drogas. Além disso, cerca de 2.500 armas foram apreendidas durante o ano, com por uso ilegal ou irregular.
A redução na criminalidade para o secretário de segurança, Luis Fernandes, foi o resultado de um investimento maior por parte do governo de Estado, que destinou mais recursos para a área de segurança pública. 'Neste ano realizamos mais de 19 mil operações, compramos quase dois mil coletes, 500 pistolas e 60 escopetas. Para o ano que vem a nossa meta é realizar concursos públicos e ter mais dois mil novos PM, 600 policiais civis e mil agentes penitenciários. Além de mais dois helicópteros', conta o secretário.
O governador do Estado, Simão Janete, diz estar satisfeito com os números e frisa a importância do pacto entre os poderes para tornar o desenvolvimento social mais real para o estado do Pará. 'Temos dois grandes inimigos: a pobreza e a desigualdade. Para derrotamos estes inimigos precisamos de mais recursos e melhor distribuição da verba. Hoje, o repasse do governo federal, se dividido para cada paraense, seria de R$ 150 por habitante. Com essa miséria, eu tenho que melhorar a saúde, a educação e a segurança', afirma Jatene.
Em relação aos dados divulgados no início do mês de dezembro, onde o Pará foi taxado com o terceiro estado mais perigoso do país, o economista Roberto Sena, condenou a pesquisa. 'As estatísticas da violência nos estados brasileiros são muito desiguais, a maioria das cidades paraenses não chega a cem mil habitantes. Por conta disso, este número parece estar tão acima da realidade do Estado', frisa o economista.
A divulgação do balanço geral da segurança pública do estado contou com a presença das Polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal, do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal, junto com a Companhia de Trânsito de Belém. Além dos demais órgãos de segurança do governo.
Fonte: Portal ORM
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