quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Reativar indústria bélica é ato de soberania urgente

Em meio à austeridade com que vem tratando pressões dos poderes Legislativo e Judiciário por aumentos de gastos, a presidente Dilma Rousseff reconheceu que as Forças Armadas necessitam urgentemente de recursos para atualização tecnológica e para atender às novas exigências do País na área de defesa. A presidente disse que “a sociedade brasileira reconhece as virtudes de lealdade, abnegação e patriotismo naqueles que dedicam a vida à defesa da soberania, da democracia e da integridade territorial do Brasil”. E acrescentou que o Brasil também tem de reconhecer que esses homens e mulheres necessitam de recursos. Não só aqueles destinados a equipamentos, mas também aqueles que garantam uma vida digna à família militar. Antes, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) alertou que pesquisa indicou que 50% dos brasileiros temem que o País seja atacado por causa da Amazônia. Temos que reativar a indústria bélica. Nos anos de 1970, o Brasil foi um dos mais importantes polos navais do mundo. Agora, em parceria com a França, construiremos cinco submarinos convencionais, mais um movido a energia nuclear. O porta-aviões São Paulo está em reforma há mais de ano. A FAB aguarda a definição sobre os novos caças supersônicos para substituir os atuais equipamentos, com a escolha entre a França, a Suécia e os EUA.
O Centro de Avaliações do Exército realizou demonstração de tiro real da nova Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Guarani, do novo fuzil IA2 Imbel e entregou à força terrestre os dois primeiros exemplares do radar Saber M60. O Guarani pesa 18 toneladas, tem capacidade para transportar 11 militares, é anfíbio, tem proteção balística contra munição calibre 7,62 mm perfurante e pode alcançar a velocidade de 100 km/h. Projetado por engenheiros militares brasileiros e produzido pela empresa Orbisat, o Saber M60 possui a tecnologia mais moderna do mercado dentre os equipamentos da categoria. As guerras clássicas ficaram nos livros de história. Agora, após quase nove anos de uma luta sem glória, os EUA se retiraram do Iraque. Porém, hoje, os inimigos são o terrorismo, a insegurança, o contrabando e o narcotráfico. Fronteiras não são barreiras confiáveis. Temos milhares e milhares de km com fronteiras secas ou onde a separação de um país para o nosso território é apenas um rio isolado e por onde, facilmente, se atinge a outra margem.
As Forças Armadas há 40 anos alertam para o problema. Por isso têm transferido para a Amazônia legal efetivos e pedem mais helicópteros, aviões caça e de transporte de tropas, veículos blindados e belonaves apropriadas. Mesmo tendo os melhores combatentes de selva na Amazônia, eis que são exímios conhecedores das matas e de como nelas sobreviver e lutar, o número é pequeno. Está na hora de aplicarmos uma teoria de ocupação da Amazônia, primeiro pelos nossos militares da Marinha, Exército e Aeronáutica e em torno dos Pelotões de Fronteiras, criando minicidades para que ali tremule a Bandeira Nacional. A indústria bélica gerará empregos, tecnologia e economizará importações. Vamos adotar logo o território do Norte e do Noroeste do Brasil, antes que militares, traficantes ou guerrilheiros de outras nações o ocupem.

FONTE: Jornal do Comércio/RS

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